TAMANHO MÍNIMO DE UNIDADES AMOSTRAIS PARA PROJETOS DE INTERVENÇÃO AMBIENTAL NO CERRADO.

  • Autor
  • Laura Siqueira Guinle
  • Co-autores
  • Laryssa Cavassano Benetão , Rodrigo Otávio Veiga de Miranda , Lidiomar Soares da Costa , Milton Serpa de Meira Junior , Antônio José Vinha Zanuncio
  • Resumo
  • Para controlar e mitigar a exploração das áreas nativas ou de uso restrito, há leis específicas que visam à preservação dessas áreas. Conforme disposto na legislação, é importante a solicitação do Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental (DAIA), pelo qual exige a realização de inventário florestal quantitativo e qualitativo, contudo, não há menção ao tamanho mínimo das unidades amostrais. Assim, é fundamental a avaliação de diferentes tamanhos de unidades amostrais na obtenção de informações que integram um DAIA. O objetivo deste estudo foi definir o tamanho mínimo de unidade amostral retangular capaz de estimar variáveis exigidas em legislação a compor um DAIA. O estudo foi desenvolvido na fitofisionomia Cerrado Sentido Restrito, em áreas de reserva legal de três fazendas localizadas em Monte Carmelo, Minas Gerais. Na definição do desenho amostral, optou-se pela amostragem aleatória e método amostral de área fixa, com unidades retangulares com dimensões de 20 x 50 m (1.000 m²). Foram alocadas 10 unidades e, após a alocação, registrou-se a distância de cada árvore em relação ao eixo x (largura) e y (comprimento), possibilitando a real localização das árvores em cada unidade. Durante o processamento as unidades tomaram novas medidas, entre 100 e 900 m², variando em 100 m², iniciando-se no mesmo vértice inicial. Para cada unidade amostral foram mensuradas a florística, diversidade, estrutura horizontal e vertical. Os estratos da estrutura vertical foram definidos pela altura total máxima e o desvio padrão. Os tamanhos de unidades amostrais avaliados não influenciaram as estimativas de número de árvores, área basal e volume por hectare. Todos os tamanhos de unidades amostrais apresentaram baixa dominância de espécies, variando de 10 a 16 espécies para representar 50% do índice total. Independentemente da área, o estrato médio representou mais de 73% da estrutura vertical, este que representou árvores de 2,40 até 5,69 m. Dentre os índices de diversidade avaliados, apenas o de Simpson não foi influenciado pelo tamanho da área da unidade amostral. Nenhuma das dimensões avaliadas atingiram a suficiência amostral, com isso, sugere-se aumentar o número de unidades amostrais na população para obtenção de resultados conclusivos.

  • Palavras-chave
  • inventário florestal, amostragem, método de área fixa.
  • Área Temática
  • Ciências Florestais
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