TAMANHO MÍNIMO DE UNIDADES AMOSTRAIS NA REPRESENTAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA EM CERRADO

  • Autor
  • Maria Clara Silva Saltori
  • Co-autores
  • Laryssa Cavassano Benetão , Rodrigo Otávio Veiga de Miranda , Lidiomar Soares da Costa , Milton Serpa de Meira Junior , Antônio José Vinha Zanuncio
  • Resumo
  • A distribuição diamétrica é um dos resultados principais do inventário florestal, representando a classificação das árvores com base nos seus diâmetros. Ela é requisito básico para análise da estrutura da vegetação, podendo ser solicitada como parte dos estudos ambientais exigidos por lei, em casos de intervenção ambiental. Entretanto, o tamanho das unidades amostrais para execução do inventário florestal, exigido pelo Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental (DAIA), não consta nas normas legais. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o tamanho mínimo de unidade amostral capaz de representar a distribuição diamétrica exigida em legislação para compor o DAIA. O estudo foi desenvolvido na fitofisionomia Cerrado Sentido Restrito, em áreas de reserva legal de três fazendas em Monte Carmelo, Minas Gerais. A amostragem foi estratificada com a alocação de 10 unidades amostrais de 20 x 50 m (1.000 m²), sendo registrada a distância de cada árvore em relação ao eixo x (largura) e y (comprimento), possibilitando a real localização das árvores em cada unidade. Durante o processamento, as unidades tomaram novas medidas, de 100 e 900 m², variando em 100 m², iniciando-se no mesmo vértice inicial. Para analisar a estrutura da floresta, realizou-se a distribuição diamétrica para a amostra, para todos os tamanhos de unidades amostrais avaliados. As classes foram definidas considerando amplitude de 5,0 cm. O teste de Kolmogorov-Smirnov (KS, ? ? 0,05) foi utilizado para avaliar a aderência das distribuições diamétricas em relação àquela de 1.000 m². Os resultados sugerem que, independentemente do tamanho da unidade amostral, a distribuição diamétrica contemplou apenas quatro classes, com a maioria das árvores concentradas nas classes de 5-10 e 10-15 cm, sobretudo na primeira, equivalente a 69,42 a 75,0% do total de árvores. A forma observada de J-invertido indicou equilíbrio favorável entre a regeneração e mortalidade. Conforme o teste KS, as distribuições diamétricas de todos os tamanhos de unidade amostral avaliados foram aderentes à de 1.000 m². Logo, todos os tamanhos de unidades amostrais avaliados foram capazes de representar a distribuição diamétrica. Contudo, para sua correta definição, deve ser avaliado em conjunto com as demais estimativas exigidas no DAIA.

  • Palavras-chave
  • estrutura florestal, inventário florestal, teste de Kolmogorov-Smirnov.
  • Área Temática
  • Ciências Florestais
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