O novo Código Florestal brasileiro introduziu o conceito de Áreas de Uso Restrito (AUR), que abrange as planícies pantaneiras e áreas de encostas de morros entre 25° e 45°. Nessas áreas, é permitido o desenvolvimento de atividades agropecuárias e de manejo florestal, desde que sejam implementadas boas práticas agropecuárias e florestais, uma vez que AURs de declividade são consideradas porções do terreno sensíveis. O objetivo deste estudo foi identificar as AUR de declividade no Triângulo Mineiro e propor um encarte de recomendações técnicas de adequadas práticas de uso e manejo da terra. A identificação das AURs foi realizada com o software QGIS 3.36.3, utilizando uma base de dados de Modelos Digitais de Elevação (MDE) (Alos Palsar). A lista de recomendações propostas de uso da terra em AURs foi construída baseada nas premissas do artigo 11, do Código Florestal, que trata das AURs e em recomendações levantadas em relatórios técnicos e produções científicas pertinentes. Com base no mapeamento realizado, levantou-se 41.732 hectares de AURs para o Triângulo Mineiro. As principais recomendações propostas também levou em consideração mapa de tipos de solos e seus riscos inerentes da inclinação do terreno na referida categoria >25° e <45°, sendo indicados: (i) Atividades agrossilvipastoris desde que fundamentadas em técnicas de baixa emissão de carbono; (ii) ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta); (iii) Cultivos agrícolas em curvas de nível; (iv) Monoculturas de densa formação de cobertura vegetal no solo; (v) Pastagens rotacionadas; (vi) Manejo Florestal Sustentável de Pequena Escala; (vii) Extração de Produtos Florestais Não Madeireiros; (viii) Produção Melífera; (ix) Cultivo de essências florestais madeireiras comerciais; (x) Restauração de solos degradados e; (xi) Atividade em bioeconomia com comercialização de créditos de carbono. O Código Florestal prevê que AURs podem ser utilizadas pelo produtor rural, mas que existem restrições quanto ao tipo de atividade, entretanto, não prevê ou recomenda práticas agronômicas ou florestais de gestão e manejo do território, sendo este estudo o primeiro a desenvolver uma lista preliminar detalhada com estas recomendações, de forma que os proprietários rurais atendam às técnicas de exploração ecologicamente sustentável, bem como suporte aos órgãos oficiais de extensão rural e fiscalização ambiental.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
sicaaufu@gmail.com