A diversidade funcional incorpora variações nos atributos das espécies, permitindo avaliar os efeitos da biodiversidade sobre o funcionamento da comunidade. Esse parâmetro é um dos componentes da biodiversidade que leva em conta as diferenças morfológicas, ecológicas e comportamentais entre as espécies e indivíduos. Objetivou-se identificar as espécies e catalogar atributos funcionais relacionados à floração e frutificação exercidas destas em um fragmento de Cerrado. Foi selecionado um fragmento de Cerrado sentido restrito presente na Reserva Legal da Fazenda Água limpa, no município de Monte Carmelo-MG. Instalaram-se 4 unidades amostrais de 20 x 50 m (1.000 m²), onde se mediram todos os indivíduos arbóreos com diâmetro a 1,30 m do solo (DAP) > 5,0 cm. Registraram-se em campo as informações de espécie, identificação botânica, DAP e altura total. Posteriormente consultou-se em dados da literatura o período de floração e frutificação. Foram identificadas 33 espécies, distribuídas em 17 famílias. A família com o maior número de espécies foi Fabaceae, destacando-se não apenas pela fixação biológica de nitrogênio, mas também pelo seu papel significativo na fixação de carbono. Os meses com o maior número de espécies frutificadas foram outubro e dezembro. Em outubro, predominam as espécies com padrão de dispersão anemocórica, cujos frutos leves e adaptados ao vento são favorecidos pelo clima mais seco e ventoso dessa época. Já em dezembro, a frutificação é maior entre as espécies zoocóricas, cujos frutos suculentos e atraentes para animais são favorecidos pelo aumento das chuvas e da atividade animal. Entre os meses de março a julho existe uma redução drástica de espécie em frutificação, sendo o mês de junho com apenas duas espécies. Corroborando com o período de maior frutificação, a floração é mais abundante nos meses de setembro a outubro. Com a menor floração entre maio e junho. É evidente que o período de seca na região do Cerrado entre maio a setembro pode impactar na produção de flores e frutos das espécies desse bioma. Sendo que a produção reprodutiva tem elevado custos energéticos é estratégico deixar essa produção para o período de maior recurso para o processo de fotossíntese.
Editoração e organização
Andressa Giovannini Costa
Charlene Moro Stefanel
Gleice Aparecida de Assis
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Revisor Adhoc
Adriana Tiemi Nakamura
Aline Gonçalves Spletozer
Alvaro Augusto Vieira Soares
Amanda Azevedo Cassiano
Andressa Giovannini Costa
Anna Caroline Costa Fanalli
Carla Cristina Alves Mendes
Edivane Cardoso da Silva
Edson Simão
Fernando Luiz de Paula Santil
Franscinely Aparecida de Assis
Gabriel Mascarenhas Maciel
Givago Coutinho
Guilherme Costa Santos
Guilherme de Almeida Garcia Rodrigues
Gustavo Moreira Ribeiro
Igor Pereira Costa
Isabella Salgado Faustino
Isaías Antonio de Paiva
Jardel Boscardin
Jocimar Caiafa Milagre
Josef Gastl Filho
Larissa Grasiela de Arruda Ferreira Costa
Laura Cristina Moura Xavier
Lucas José Mendes
Luciano Cavalcante de Jesus França
Marco Iony dos Santos Fernandes
Mariana Rodrigues Bueno
Natalia Martins Freitas
Odair José Marques
Osvaldo Rettore Neto
Pedro Enrico Salmim Fonseca Spanghero
Regina Maria Gomes
Roque de Carvalho Dias
Roseli Mendonça Dias
Sueli Moura Bertolino
Tatiana Mayumi Tamura
Tatiane Melo de Lima
Vanessa Andaló
Vicente Toledo Machado de Morais Junior
Welery Roel de Azevedo
Zimábwe Osório Santos
DUVIDAS, SUGESTÕES E INFORMAÇÕES
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