“QUEREMOS VIVER E NÃO SOBREVIVER”: A PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MOVIMENTO NACIONAL DE MENINOS E MENINAS DE RUA COMO “TÁTICA” DE VIVÊNCIA (RECIFE, 1990 – 1999)

“QUEREMOS VIVER E NÃO SOBREVIVER”: A PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO MOVIMENTO NACIONAL DE MENINOS E MENINAS DE RUA COMO “TÁTICA” DE VIVÊNCIA (RECIFE, 1990 – 1999)

• Autor
• Elton Gleyson Oliveira da Silva
• Resumo

•  

  Surgido em 1985 no contexto da redemocratização do Brasil e da luta por direitos, especialmente aqueles das crianças e adolescentes em situação de rua, o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (MNMMR) é um movimento social urbano. Em Recife, o MNMMR possuía uma publicação oficial: “O Grito dos Meninos e Meninas de Rua”. De tiragem mensal e com uma diagramação simples, o “O Grito” era o espaço onde os educadores sociais, os meninos e as meninas publicavam suas ideias e reivindicações, além de registrarem o cotidiano conturbado em que as crianças e adolescentes em situação de rua vivenciavam no Recife e as “táticas” (CERTEAU, 2014) que esses se apropriavam para viverem, especialmente durante a década de 1990, período de maior atividade do periódico “alternativo”. A participação e a procura de auxílio no Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua serão “táticas” que irão permear a vivência desses meninos e meninas nas ruas históricas do Recife. É sobre elas que vamos nos debruçar em nosso trabalho, buscando compreender como elas se processavam. Faremos isso a partir das notícias e reportagens vinculadas no “O Grito”. Mesmo em um cotidiano marcado por violências e desigualdades sociais, as crianças e os adolescentes em situação de rua não eram sujeitos passivos e sem organização, mas protagonistas de suas histórias, além de desenvolverem técnicas para viverem naqueles espaços que lhes eram hostis.

   

• Palavras-chave
• Infâncias, Táticas; Movimento social; Recife.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Ciências Humanas