EFEITOS DA FISIOTERAPIA NA ALTERAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA

EFEITOS DA FISIOTERAPIA NA ALTERAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO EM MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA

• Autor
• Zaira Rodrigues Magalhães Farias
• Co-autores
• Luísa Maria Antônia Ferreira , Thalyta Oliveira Freitas , Daniele Pinheiro Victor , Loyse Gurgel dos Santos
• Resumo

• Introdução: O câncer de mama é hoje o mais comum entre a população feminina brasileira, sendo responsável pela segunda causa de óbitos entre elas, principalmente na faixa etária entre 40 e 60 anos. Tem como principais fatores de risco hereditariedade, nuliparidade, menopausa tardia, obesidade, sedentarismo, menarca precoce entre outros. Dentre os principais tratamentos tem-se: a cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e ou a combinação de dois ou mais deles. Apesar dos benefícios, a mastectomia pode acarretar desde complicações que afetam o bem-estar e autoestima da mulher, como também danos físicos e motores: linfedema, limitação da capacidade funcional, perda de força do membro homolateral à cirurgia, dor, lesão no plexo braquial, fibrose áxilo-peitoral, alteração na sensibilidade, seroma e aderência cicatricial. Objetivo: Analisar os efeitos da fisioterapia na alteração da amplitude de movimento em mulheres no pós-operatório de mastectomia. Métodos: Revisão integrativa realizada por quatro acadêmicas do curso de fisioterapia, participantes do projeto de extensão em fisioterapia oncológica ONCOFISIO, nas bases de dados SciELO, PUBMED, PEDRO e BIREME. Utilizou-se os seguintes descritores atualizados no DeSC: Mastectomia, Amplitude de movimento e Fisioterapia. Foram encontrados sessenta e dois artigos, trinta foram selecionados para leitura e 10 escolhidos para esta revisão. Os critérios de inclusão foram: artigos em língua portuguesa e inglesa, publicados a partir do ano de 2015; e de exclusão monografias, teses, dissertações e revisões bibliográficas. Resultados: Após a mastectomia quase a totalidade das pacientes apresenta algum grau de limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro o que prejudica a execução dos movimentos de flexão, abdução e rotação externa. Após o procedimento cirúrgico as pacientes tendem a adotar posturas antálgicas em decorrência da dor, restringindo esforço e dificultando a mobilização ativa. Dentre as técnicas fisioterapêuticas utilizadas na pós mastectomia podemos encontrar: alongamento global com ênfase na cintura escapular, exercícios ativos livres do ombro, em todos os seus movimentos com e sem auxilio de bastões, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) com a finalidade do aumento e melhora da ADM e estabilidade do segmento acometido proporcionando diminuição do quadro álgico, aumento de força, coordenação, restaurando a função e promovendo qualidade de vida, auto posturas de reeducação postural global (RPG) para correção nas disfunções posturais, aplicação de liberação nas interfaces profundas na região peitoral aumento do arco de movimento biomecânico e força muscular. A média de sessões aplicadas às pacientes foram de dez a vinte sessões. Conclusão: O presente estudo conclui que o trabalho da fisioterapia aumentou significativamente a amplitude de movimento do membro superior e reduziu a dor homolateral à cirurgia ao longo do tratamento, mostrando que a fisioterapia altera positivamente o tratamento de mulheres pós mastectomizadas. 

• Palavras-chave
• Mastectomia, Amplitude de movimento e Fisioterapia
• Modalidade
• Exposição
• Área Temática
• Abordagens Multidisciplinares na área da Oncologia