INTRODUÇÃO – A Leucemia linfoblástica aguda (LLA) caracteriza-se por ser uma neoplasia maligna proveniente da proliferação de células imaturas (blastos), sendo a mais frequente na infância, correspondendo a 30-35% dos casos de câncer nesta população. O LLA Philadelphia positivo é evidenciado quando existe a translocação dos cromossomos 9 e 22, sendo configurado como um fator de risco para o insucesso do tratamento, necessitando uma quimioterapia mais intensa no paciente. Cerca de 2% a 3% de todas as crianças e adolescentes com LLA apresentam a translocação t(9;22).
OBJETIVO - Relatar casos de leucemia linfoblástica aguda Philadélphia positiva em crianças no Estado do Ceará.
MÉTODO - Tratou-se de um estudo exploratório do tipo estudo de caso, abordando três casos de crianças com o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda (LLA) philadélphia (Ph) positivo, identificados no período de 2013 a 2018 em um serviço de referência para tratamento de câncer em crianças no Estado do Ceará. Os dados foram coletados nos prontuários das crianças no período de novembro de 2018. Os casos serão descritos com apresentação dos seguintes dados: características da criança, resultados de exames no momento do diagnóstico, protocolo antineoplásico inicial, presença de recidivas. Esse estudo obteve parecer favorável de número 2.728.408. RESULTADOS – Caso 1. Sexo feminino, 12 anos no momento do diagnóstico (realizado em 2016), diagnóstico de LLA-B. Feito protocolo inicial do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia Infantil (GBTLI) 2009, tendo sido classificada como de alto risco (a partir dos fatores prognósticos). Em 2018 foi introduzido o Imatinibe ao tratamento, sendo esta uma medicação que pode elevar a taxa de Sobrevida Livre de Eventos do paciente. Em 2017 foi realizado transplante alogênico aparentado. Exames ao diagnóstico: 89% de blastos no mielograma; t (9;22); hemoglobina (Hg) de 11.6g/dL; leucócitos de 79.000/mm3; neutrófilos de 6.320g/dL; plaquetas de 360.000/mm3. Até a data da coleta, sem recidivas identificadas. Caso 2. Sexo feminino, 9 anos, diagnóstico de LLA-B realizado em 2018. Protocolo inicial Berlim-Frankfurt-Munique (BFM) 2002, classificada com risco intermediário. Exames ao diagnóstico: 91% blastos no mielograma; t(9;22); Hg de 9.4g/dL; leucócito de 162.000/mm3; neutrófilos de 19.440/mm3; plaquetas de 33.360/mm3. Sem registro de recidiva. Caso 3. Sexo masculino, 9 anos, diagnóstico de LLA-T em 2013. Protocolo inicial BFM 2002, tendo sido classificado como de alto risco. Exames ao diagnóstico: 80% de blastos; t(9;22), t(1;19), t(4;11) e t(12;21); Hg de 6.6g/dL; 17.400/mm3 de leucócitos; 2.610mm3 de neutrófilos; presença de blastos em sangue periférico (2.088/mm3); plaquetas de 73.800/mm3. Registrado duas recidivas, primeira em 2015 tendo sido iniciado o protocolo BFM 90 e a outra em 2016. Criança foi à óbito em 2016. CONCLUSÕES – Dos três casos de LLA philadélphia positivo identificados no período do estudo, dois eram do sexo masculino. O protocolo BFM 2002 foi o mais utilizado. Ao diagnóstico os três casos apresentaram anemia e leucocitose. Dois casos apresentaram neutrofilia e o outro neutropenia. Apenas um caso apresentou ao diagnóstico blastos em sangue periférico. O uso de imatibibe foi realizado em apenas 1 caso.
O evento tem como objetivo a atualização e integração dos cuidados nas áreas de Oncohematologia e Imunoterapia. Sabe-se hoje que é possível realizar um tratamento diferenciado baseado em novas tecnologias e práticas para pacientes com doenças crônicas como câncer e doenças reumáticas, o que garante melhor sucesso nos resultados.
Nesse contexto idealizamos um simpósio MULTIPROFISSIONAL, que tem como proposta utilizar as expertises da ONCOVIE, NOHC e seus parceiros, promovendo o aprendizado e aprimoramento dos profissionais de saúde que atuam ou desejam atuar nesse segmento.
Na sua última edição o evento trouxe, além das palestras para profissionais médicos e multidisciplinares, conteúdos relevantes na área de pesquisa básica e submissão de trabalhos científicos, proporcionando a integração entre profissionais e estudantes da área.
REGRAS DE SUBMISSÃO DE TRABALHOS – PÔSTERES
As APRESENTAÇÕES serão avaliadas por membros da Comissão Científica, seguindo os seguintes critérios:
Título: O título expressa o conteúdo do trabalho? ?
- Cada tópico acima apresentado receberá pontuação de 0-10 por parte do avaliador. O somatório dos 10 tópicos comporá a pontuação final do trabalho; ?
- Não serão divulgadas as pontuações finais; ?
- Todos os trabalhos apresentados receberão certificados; ?
Comitês – II Simpósio Multidisciplinar em Oncohematologia e Imunoterapia
Comitê Executivo
José Aurillo Rocha – Presidente Executivo
Alessandra Rafael Affonso dos Santos
Caroline Aquino Moreira Nunes
Dayse de Souza Chaves Maia
Izabela Cavalcanti de Albuquerque
Luciana Rocha de Arruda
Manoel Odorico de Moraes Filho
Maria Elisabete Amaral de Moraes
Sabrina Pamplona Cavalcante
Sabrina Rodrigues de Sousa
Comitê Científico
Ana Carolina Matos de Queiroz
Alessandra Rafael Affonso dos Santos
Adrhyann Jullyanne de Sousa Portilho
Brena Custódio Rodrigues
Caroline Aquino Moreira Nunes
Dayse de Souza Chaves Maia
Emerson Lucena da Silva
Felipe Pantoja Mesquita
Germison Silva Lopes
Israel Lopes de Medeiros
Izabela Cavalcanti de Albuquerque
Jardenis Gomes Alves
Jéssica Correia Queiroz
José Aurillo Rocha
Lais Lacerda Brasil
Larissa Sousa da França
Luciana Rocha de Arruda
Luina Benevides Lima
Mario Vilany Gomes Bomfim Oliveira
Luis Rafael da Silva Cruz
Ramon Rawache Barbosa Moreira de Lima
Raquel Carvalho Montenegro
Roberto Eter da Rocha Furlani
Sabrina Pamplona Cavalcante
Sabrina Rodrigues de Sousa
Vaneide Maria de Jesus
Periodicidade da publicação: anual
Idioma(s) que serão aceitos os artigos: Português
Autor corporativo: NOHC- NUCLEO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA DO CEARA LTDA
CNPJ: 14.475.163/0001-35
Rua Dr. José Lourenço, 777 - Aldeota | Cep: 60.115-281
Edição atual: 1ª edição - 2019