Este relato de experiência, tem como objetivo descrever um percurso paralelo entre maternidade e vida acadêmica na Pós-Graduação em Universidade Federal no Estado de Santa Catarina. Nele, busco localizar o meu lugar de fala, o de: mulher, branca, pesquisadora e mãe. Esse lugar é ocupado por tantas outras, mas mesmo em relação às mulheres brancas, ocupamos um lugar de outro. O intuito da minha voz, portanto da minha existência, é expor encontros e percalços na formação como mulher acadêmica e como mãe, os traçados que possibilitaram desenvolver pesquisa e maternidade de maneira que em seis anos foi possível parir e fazer crescer: três crianças, uma dissertação e uma tese que inicia a escrita nesse ano de 2019. A minha experiência com maternidade iniciou justamente com a experiência da Pós-Graduação. No primeiro ano do Mestrado, no qual eu havia ingressado em março de 2012, em Florianópolis, foi identificada a gravidez não planejada, mas desejada e, justamente um ano depois, no mês de março de 2013, nascia meu primeiro filho. No mesmo processo seletivo foi aprovada uma estudante que não se matriculou pois estava gestante e logo nasceria seu filho. As falas, dos participantes daquela Pós, rodeavam o assunto com críticas questionadoras sobre a capacidade de se fazer o mestrado com um filho recém-nascido. Cumpri os créditos das disciplinas durante o primeiro ano com o Noé na barriga, e com quatro meses de gestação, apresentei a gravidez à orientadora e colegas. Defendi a dissertação com minha segunda filha em gestação, tive uma condição privilegiada, e mesmo assim atravessei barreiras, foi possível elaborar o percurso após iniciar-me nos estudos biográficos, com engajamento em pesquisas sobre o método biográfico no PPGE dessa mesma Universidade, na perspectiva do Existencialismo Sartreano, por entender que é “preciso compreender desde onde falamos para desestabilizar os discursos hegemônicos, mas também para apontar outros mundos e códigos possíveis.” (MONTEIRO, 2018)
Comissão Organizadora
Dra. Fernanda Staniscuaski - Coordenadora Parent in Science
Comissão Científica
Dra. Adriana Seixas - UFCSPA
Dra. Alessandra S. K. Tamajusuku-Neis - UNIPAMPA Uruguaiana
Dr. Felipe K. Ricachenevsky - UFSM
Dra. Fernanda Staniscuaski - UFRGS
Dra. Ida V.D. Schwartz - UFRGS
Dra. Lívia K. Rosa e Silva - UFRGS
Dra. Rossana C. Soletti - UFRGS
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