O presente trabalho apresenta o (re)nascimento da mãe preta, figura simbólica do Brasil colônia de cuidado e destituída de humanidade, ao tornar-se mãe de sua cria, desta vez como agente do seu maternar ocupando o lugar da intelectual. Todavia, nesta nova performance, esta “fêmea-matriz” (EVARISTO,2003) esbarra com sua cria nos obstáculos do espaço acadêmico embranquecido não somente pela ausência da pessoa preta mas pela suas práticas e saberes. Ocupar este espaço implica um imenso processo de resistência frente ao racismo institucional desta instituição e à desigualdade de gênero que se agrava mediante ao impasse da academia produtivista com a demanda do maternar. Neste processo a mulher negra se torna um quilombo vivo reinventando e moldando seu corpo, realizando dribles e coreografias para se manter em movimento e alcançar seu objetivo. Dado o exposto, tomando a noção de “drible” escolhida por Renato Nogueira (2011) como conceito da filosofia afroperspectivista, o presente trabalho possui como objetivo refletir através da escrevivência o drible e a coreografia exercida pela mãe preta neste (re)nascer como intelectual.
Comissão Organizadora
Dra. Fernanda Staniscuaski - Coordenadora Parent in Science
Comissão Científica
Dra. Adriana Seixas - UFCSPA
Dra. Alessandra S. K. Tamajusuku-Neis - UNIPAMPA Uruguaiana
Dr. Felipe K. Ricachenevsky - UFSM
Dra. Fernanda Staniscuaski - UFRGS
Dra. Ida V.D. Schwartz - UFRGS
Dra. Lívia K. Rosa e Silva - UFRGS
Dra. Rossana C. Soletti - UFRGS
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