Objetivo: Relatar a experiência e compartilhar o desconforto sofrido na admissão do“desejo de ser mãe” para o orientador durante o Doutorado. Método :Descrição de fatos históricos devidamente autorizados pelo indivíduo protagonista envolvido na situação. Resultado: Aqui chamaremos de Ana a aluna de doutorado em questão que ingressou no doutorado 1 ano após defesado mestrado, onde recebeu distinção acadêmica e publicação internacional de forte impacto. Ana produziu seu projeto, submetendo-o nas plataformas e coletou todos os dados semanalmente. Decidiu ser mãe quando os créditos já estavam concluídos e a pesquisa já estava em curso. Quando Ana informou sua gravidez para seu orientador e grupo de pesquisa, os colegas demonstraram empatia, porém o orientador assumiu uma postura impertinente, desconfortável e agressiva. Ana treinou outros pesquisadores e seguiu os acompanhando até 5 dias antes do parto. Quando os papéis legais confirmaram a “licença gestante”, o orientador denegriu sua imagem e instigou os demais profissionais remetendo à “má fé” de engravidar durante o doutorado, o “absurdo” (SIC) da gravidez durante o decurso acadêmico Strictu Sensu dentre outras situações bastante deselegantes. Quando findada a licença, a aluna retornou para organizar seus afazeres acadêmicos e dar continuidade ao projeto e encontrou um orientador bastante áspero e seu projeto reencaminhado para outros alunos. O orientador definiu impreterivelmente que a tese seria uma “revisita” ao trabalho de mestrado. Ana se sentiu coagida com todo o constrangimento pré, peri e pós-parto e procedeu a indicação do orientador. Conclusão: O doutorado trouxe dor, frustração e incompreensão mesmo com uma tese bem avaliada e artigo publicado em revista de impacto. O trauma psicológico gerado perseguiu a aluna que precisou de ajuda especializada para não desistir de sua carreira acadêmica. Certamente algum suporte acadêmico em nível de mentoria poderia ter gerado resultados bastante diferentes.
Comissão Organizadora
Dra. Fernanda Staniscuaski - Coordenadora Parent in Science
Comissão Científica
Dra. Adriana Seixas - UFCSPA
Dra. Alessandra S. K. Tamajusuku-Neis - UNIPAMPA Uruguaiana
Dr. Felipe K. Ricachenevsky - UFSM
Dra. Fernanda Staniscuaski - UFRGS
Dra. Ida V.D. Schwartz - UFRGS
Dra. Lívia K. Rosa e Silva - UFRGS
Dra. Rossana C. Soletti - UFRGS
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