A importância do diagnóstico precoce da Cardiopatia Congênita no Recém Nascido

A importância do diagnóstico precoce da Cardiopatia Congênita no Recém Nascido

• Author
• Stefane Alcantara Dos Reis
• Co-authors
• Natalia Carolina de Sousa Vais , Tiziane Rogério Madureira
• Abstract

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  Introdução: Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Cardiopatia Congênita (CC) é qualquer anormalidade da estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, sendo o momento em que se forma o coração do feto. A mesma é considerada uma das anomalias mais frequentes ao nascimento. Os métodos mais constantes e de grande importância para detecção precoce das CC são: a ultrassonografia ( Translucência Nucal) e o ecocardiograma fetal realizados ainda durante o pré- natal. Ainda que o Brasil já tenha atingido a meta de redução de mortalidade infantil definida no ano de 2015, o índice ainda permanece elevado. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), não houve mudança apreciável do componente neonatal precoce, quando o óbito ocorre antes dos sete dias completos de vida, responsável ainda por aproximadamente 52% dos óbitos no primeiro ano (BRASIL, 2015a). No Brasil, estima-se o surgimento de 28.846 novos casos de cardiopatias congênitas por ano, sendo assim os exames para diagnóstico das CC são cruciais para a melhor identificação precoce da doença, deste modo, implicando em uma boa condução do seu tratamento. Objetivo: Avaliar a importância dos exames pré- natais para diagnostico precoce das Cardiopatias Congênitas (CC) no Recém Nascido. Metodologia: Trata- se de uma Revisão Bibliográfica. Parte da pesquisa foi realizada na Base de Dados da Biblioteca Virtual- BVS, outra parte realizada no site do Ministério da Saúde. Foram encontrados 90 artigos relacionados ao tema, selecionados 17, sendo incluídos 14 artigos e o Manual do Ministério da Saúde sobre Cardiopatia Congênita, assim de acordo com os critérios de inclusão e exclusão: publicados de 2015 a 2019, disponibilidade de arquivo e relevância das informações se obteve o trabalho e o mesmo foi elaborado de acordo com as normas da ABNT. Discussão: Os exames de ultrassonografia morfológica, Translucência Nucal (TN) e o ecocardiograma fetal (ECO) são apresentados rotineiramente como testes de triagem fetal. O morfológico do primeiro trimestre, também chamado de TN, mensura a quantidade de liquido presente na nuca do feto entre outras especificidades. Deve ser realizado no período de 11º a 13º semanas e 6 dias e tem como principal objetivo detectar se tem alguma anomalia, dentre elas Sindrome de Down e cardiopatia congênita. O morfológico do segundo trimestre deve ser executado entre a 20º a 24º semanas de gestação e nele é avaliado detalhadamente todos os órgãos do feto, de especial o coração, onde se permite visualizar as quatro câmaras do coração, avaliando a funcionalidade das válvulas cardíacas, veias e artérias, detectando alguma doença. Já o ECO fetal é realizado a partir das 18º semanas e não indicado no final da gestação, tem o objetivo de confirmar ou excluir uma possível CC. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência de CC varia de 0,8% em países de alta renda e 1,2% nos de baixa renda, sendo 1% ainda aceito pelo Brasil e América Latina. Segundo o Sistema Nacional de Nascidos Vivos, as malformações congênitas indicam incidência de 1680 casos por ano, ou seja 0,06% inferior do esperado. Sendo a sua real incidência ainda desconhecida, pois possivelmente, o seu diagnostico não é realizado. De acordo com (BRASIL, 2015a; 2015b) sabe-se que a maioria dos casos não recebe tratamento adequado devido à falta de diagnóstico, colocando a vida da criança em risco, no caso de cardiopatia crítica ou clinicamente significante. Tal fato se confirma quando se observa que, de acordo com as notificações, a taxa de mortalidade por malformação congênita do aparelho circulatório registrada no Brasil é superior à taxa de incidência. O diagnóstico pré-natal das cardiopatias possibilita um melhor acompanhamento do feto, permitindo o planejamento do parto do feto cardiopata em Centro de Referência, melhorando a sobrevida do recém-nascido (Lilian, 2015). Conclusão: Em virtude dos aspectos mencionados é evidente que quanto mais precoce for o diagnóstico e as suas intervenções necessárias, melhor será a linha de cuidado e a qualidade de vida, diminuindo assim os índices de mortalidade e as taxas de reinternações hospitalares, sendo que as Cardiopatias Congênitas são as causas mais importantes de internações em clientes pediátricos. A mortalidade Infantil no período perinatal apresenta uma grande relação com a assistência prestada a gestante e ao recém nascido, refletindo nas suas condições gerais mediante a sociedade. Palavras Chave: Cardiopatia Congênitas; Diagnóstico Precoce; Cardiologia.

   

• Keywords
• Cardiopatia Congênitas, Diagnóstico Precoce, Cardiologia.
• Modality
• Pôster
• Subject Area
• Cardiopediatria

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