INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA: A EXPERIÊNCIA DA LIGA ACADÊMICA DE TRANSPLANTES E MEDICINA INTENSIVA

INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA: A EXPERIÊNCIA DA LIGA ACADÊMICA DE TRANSPLANTES E MEDICINA INTENSIVA

• Autor
• Edejonas Alves do Nascimento
• Co-autores
• Anna Letícia Alves Bomfim , Benjamim Antônio Pinheiro Vieira , Marcela Campelo Amora Fontenelle , Larah Silva Felix , Ivelise Regina Canito Brasil
• Resumo

• INTRODUÇÃO: As ligas acadêmicas são entidades organizadas por discentes e docentes que visam complementar e aprofundar a formação acadêmica em áreas específicas do conhecimento, enriquecendo o processo pedagógico e promovendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. A Liga Acadêmica de Transplantes e Medicina Intensiva (LATMI) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) foi criada com o objetivo de aprimorar a formação dos discentes nas áreas de doação de órgãos, transplantes, medicina intensiva e cuidados paliativos. Trata-se da primeira liga intercampi da universidade, abrangendo acadêmicos dos cursos de medicina dos campi de Crateús, Fortaleza e Quixeramobim. A relevância dessa iniciativa é destacada pelo fato de o estado do Ceará ser uma referência nacional na captação e transplante de órgãos e tecidos. Além disso, a LATMI é vinculada ao Mestrado Profissional em Transplantes (MPTx) e ao Grupo de Pesquisa em Transplantes (GPTx), fortalecendo sua base acadêmica e científica.

  OBJETIVO: Relatar a inovação e a experiência dos membros diretores na fundação da Liga Acadêmica de Transplantes e Medicina Intensiva de forma intercampi no curso de medicina da UECE.

  MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a fundação da LATMI, retrospectivo ao ano de 2024.

  RESULTADOS: Idealizada por discentes do curso de medicina, sob orientação de cinco docentes da instituição, de forma multiprofissional a LATMI desenvolveu atividades de gestão e planejamento por meio de reuniões semanais híbridas (presenciais e remotas), utilizando a plataforma Google Meet, com a presença de profissionais convidados e discussões sobre temas essenciais ao protagonismo acadêmico. A estruturação do programa prevê uma permanência máxima do extensionista de dois anos, divididos em três fases: seis meses de ensino teórico-prático, um ano de prática em serviços e seis meses dedicados à elaboração e apresentação do produto científico, com atividades de pesquisa científica ocorrendo ao longo de todo o período. Durante a fase prática, os estudantes possuem a oportunidade de acompanhar todo o processo de transplante, desde a doação de órgãos até a técnica cirúrgica, podendo inclusive auxiliar em captações de córneas. A LATMI participou do XVII Congresso Português de Transplantação e XXII Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação, realizado em Porto, Portugal, em que foram apresentados 11 trabalhos científicos produzidos em colaboração com o GPTx e o MPTx. Além disso, foram realizadas aulas com especialistas e monitorias com os estudantes, enfatizando a assistência clínica e cirúrgica que o estudante tem a oportunidade de aprender ainda no início da graduação em medicina.

  CONCLUSÃO: A criação da LATMI no curso de Medicina da UECE representa uma importante contribuição para a produção científica, promovendo a inovação e incentivando o envolvimento dos estudantes em atividades de liderança e participação em projetos de desenvolvimento da saúde pública. A experiência proporcionou o desenvolvimento de habilidades de gestão, fortalecimento do trabalho em equipe e ampliação do contato com profissionais da área da saúde. Espera-se que outras iniciativas semelhantes possam surgir, ampliando o conhecimento e a troca de experiências entre os campi universitários e contribuindo para a formação de profissionais mais capacitados e comprometidos com a saúde pública.

• Palavras-chave
• Ligas Acadêmicas, Transplantes, Medicina Intensiva, Educação Médica, Extensão Universitária.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• EIXO 4: ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM CONTEXTO CLÍNICO E CIRÚRGICO