VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS NA ASSISTÊNCIA A PARTURIENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS NA ASSISTÊNCIA A PARTURIENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• BENEDITA HILCE DE PAULA SILVA
• Co-autores
• MAURO MOURA BRITO FILHO , NIELE DUARTE RIPARDO
• Resumo

• INTRODUÇÃO

  A assistência à parturiente é um campo essencial da enfermagem, que demanda habilidades técnicas humanizadas e sensibilidade. Este relato traz as experiências de uma estudante de enfermagem integrante da Liga de Enfermagem em Ginecologia e Obstetrícia (LAEGO), durante plantões realizados no Hospital Municipal Estevam Ponte, em Sobral, instituição que atende predominantemente mulheres de baixa renda, incluindo residentes de áreas rurais e periféricas. A relevância do tema reside na necessidade de refletir sobre práticas de extensão que unam formação acadêmica e compromisso social, além de destacar a importância de um cuidado obstétrico individualizado, considerando as particularidades socioculturais e emocionais dessas mulheres.  

  OBJETIVO

  Compartilhar vivências e reflexões sobre a prática extensionista de uma estudantesl de enfermagem durante a assistência a parturientes, enfatizando desafios, aprendizados e a interface entre teoria e realidade em um contexto de saúde pública.  

  MÉTODOS  

  Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, baseado nas atividades de extensão realizadas entre junho e dezembro de 2024, durante plantões no referido hospital. As vivências foram registradas por meio de observação participante e reflexões críticas, com enfoque nas interações com as parturientes e na integração com a equipe multiprofissional. A análise qualitativa das experiências permitiu identificar desafios, práticas relevantes e oportunidades de aprimoramento no cuidado obstétrico.  

  RESULTADOS

  As vivências revelaram desafios como a necessidade de adaptação a recursos limitados e a importância de respeitar as crenças sociais, hereditárias e religiosas das parturientes. Destacou-se a relevância do acolhimento emocional, especialmente para mulheres ansiosas ou com históricos de experiências traumáticas. A observação de práticas como o clampeamento oportuno do cordão umbilical, utilização de musicoterapia e oferta de diversas posições e instrumentos para o método não farmacológico para alívio da dor e o estímulo ao contato pele a pele alinhou-se a recomendações contemporâneas de humanização. A integração com a equipe multiprofissional permitiu compreender a importância da colaboração interdisciplinar, enquanto a escuta ativa das parturientes reforçou a necessidade de personalizar o cuidado, considerando histórias de vida e contextos socioeconômicos.

  CONSIDERAÇÕES FINAIS

  A experiência extensionista permitiu consolidar competências técnicas e desenvolver empatia, reforçando o papel da enfermagem na promoção de um parto digno e seguro. Os aprendizados destacaram que, mesmo em condições adversas, a humanização é viável mediante postura ética, comunicação eficaz e adaptação criativa. A prática evidenciou a importância das ligas acadêmicas com oportunidades de extensões nos serviços de saúde para a formação crítica de estudantes, capazes de intervir em realidades complexas sem perder de vista a individualidade das usuárias. Como recomendações, sugere-se a implementação de capacitações em competência cultural para equipes e a ampliação de estratégias de educação em saúde para gestantes, visando reduzir assimetrias de informação. Por fim, o relato reforça que a assistência obstétrica de qualidade deve ser pautada não apenas por evidências científicas, mas também pelo respeito às narrativas e direitos das mulheres, especialmente as mais vulneráveis.

• Palavras-chave
• Enfermagem obstétrica, Humanização do parto, Extensão universitária.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• EIXO 5: ASSISTÊNCIA À MULHER NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL