Introdução: O modelo atual de saúde pública no Brasil, é caracterizado por um conjunto de ações com ideias de promover e proteger a saúde das pessoas, estruturada sob forma de trabalho em equipe multiprofissional. A relação do trabalho em conjunto das diferentes áreas profissionais e a importância dessa interação acontecer de forma saudável, reflete na qualidade do atendimento aos pacientes que usam esses serviços de saúde. Os tumores de cabeça e pescoço correspondem ao quinto tipo de câncer mais comum no mundo, apresentando grande mortalidade e morbidade dentre as neoplasias malignas no Brasil, já que a maioria dos casos é diagnosticada em fases tardias. Mais de 550.000 novos casos de câncer de cabeça e pescoço ocorrem anualmente. Incluem uma variedade de neoplasias que acometem diferentes localizações nesta área do corpo humano. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem em uma instituição especializada em oncologia, sobre a relação do enfermeiro com a equipe multidisciplinar no cuidado de pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento de radioterapia. Método: Trata-se de um relato de experiência a respeito de uma vivência através de acadêmicos de enfermagem em uma instituição especializada em oncologia, entre o mês de fevereiro a julho de 2022, sendo possível a participação do acadêmico de enfermagem no encaminhamento às especialidades. Resultados e discussão: Os pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento de radioterapia foram atendidos no consultório de Enfermagem semanalmente. Nessa consulta, o enfermeiro realizou as perguntas necessárias sobre a aderência aos cuidados indispensáveis durante o tratamento e foi realizado o exame físico. A avaliação dos pacientes, e principalmente a classificação das reações adversas ao tratamento que o mesmo apresenta, se tornou o principal ponto para a o enfermeiro se comunicar de forma multidisciplinar com outras especialidades, levando em consideração que existem muitas especialidades que podem auxiliar o paciente em tratamento radioterápico para cabeça e pescoço. Nessa consulta, foi possível entender o fluxo de atendimento e encaminhamento para outros profissionais como: psicologia, fonoaudiologia, nutrição e fisioterapia. O enfermeiro consegue encaminhar o paciente, mesmo antes de iniciar o tratamento, o que pode prevenir futuras complicações, tendo em vista que a radioterapia afeta principalmente a região da pele, ocasionando principalmente radiodermite, mucosite, disfagia e xerostomia. Complicações essas, que necessitam de um cuidado multidisciplinar. Conclusão: O trabalho em equipe multidisciplinar, e o engajamento do enfermeiro na equipe fornece ao paciente condições de ter os cuidados e assistência necessários durante o seu tratamento, o que torna uma relação necessária e permite uma assistência ao paciente com ampla margem de segurança.
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