Avaliação da qualidade de vida após o tratamento do câncer de tireoide

  • Autor
  • astrea gomes guedes
  • Co-autores
  • Francisca dayane vieira silva , Karla Larissa de Andrade Pinto , Igor Batista dos Santos , Mylena Braga Davi
  • Resumo
  •  

    A incidência de neoplasias malignas relacionadas a tireoide vem aumentando rapidamente em todo o mundo. Novos casos de carcinoma da tireoide (CT) representam até 5% em todos os novos cânceres a cada ano.  Neste estudo, objetivou-se analisar alguns fatores determinantes na sobrevida, na recorrência e nos efeitos adversos após o tratamento da doença que impactam na qualidade de vida. O prognóstico e o manejo da CT podem ter consequências na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) mesmo considerando a morbidade relativamente baixa do diagnóstico clínico. Trata-se de uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa. A busca foi realizada nas bases  de dados “PUBMED” e “LILACS” a partir dos descritores “Indicators of Quality of Life” e “Thyroid Neoplasms”, que foram combinados pelo operador “AND”. A procura por artigos publicados entre 2017 a 2022 foi realizada, sendo encontrados 29 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, além da remoção de artigos pagos, restaram 7 artigos. Os estudos explanaram terapêuticas menos invasivas, que melhoram a qualidade de vida do paciente com carcinoma de tireoide, como tireoidectomia endoscópica, que promove uma recuperação mais rápida da função emocional e física do que a tireoidectomia aberta. Ademais, observou-se que não é somente a escolha de um tratamento minimamente invasivo que interfere na qualidade de vida (QV) dos pacientes, mas também a falta de acompanhamento integral pós-câncer. A maioria das pessoas com CT ainda manifestam uma QV menor em relação a outros tipos de câncer mesmo após anos do fim do tratamento. Todavia, muitos artigos apontaram que essa característica evidencia o contexto único: a depressão, ansiedade e fragilidade financeira que muitos pacientes sofrem devido ao medo da recidiva do câncer e da reposição hormonal. Foi relatado que a abordagem médica ao classificar esse câncer como “bom” inferioriza, na visão dos pacientes, a gravidade do problema e faz com que eles sintam-se desamparados. Isso salienta que os médicos precisam entender que a QV não está restrita ao prognóstico. Por fim, um estudo de 2022 apontou que um programa de atenção plena de 8 semanas melhorou alguns critérios da QVRS e atenuou a ansiedade das pessoas. Dessa forma, com a evidência de limitações nota-se a necessidade da criação de testes mais sensíveis e acessíveis para avaliar o bem-estar do paciente pós-câncer de tireoide, visto que a partir deles a abordagem médica poderá ser melhor formulada, incluindo acompanhamento psicológico. É possível depreender que a abordagem e o manejo do paciente após o diagnóstico de câncer de tireoide vão além de uma intervenção biomédica. Dessa forma, para atenuar o nível de sofrimento do paciente é necessário reconsiderar os fatores determinantes na qualidade de vida através de avaliações mais sensíveis do estado biopsicológico do indivíduo.

  • Palavras-chave
  • Carcinoma de tireoide, Qualidade de vida, Abordagem ao paciente
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Abordagens Multidisciplinares na área da Oncologia
Voltar
  • Pesquisa Básica e Translacional
  • Abordagens Multidisciplinares na área da Oncologia
  • Oncologia Clínica e Cirúrgica

Comissão Organizadora

Mayra Ramos
Sabrina Pamplona
Samanta Dantas

Comissão Científica