UMA BREVE ANÁLISE DOS EFEITOS DA POLÍTICA DE COTAS EM CURSOS DE MAIOR PRESTÍGIO NA UFAL

  • Autor
  • FABSON CALIXTO DA SIVA
  • Resumo
  •  

    As Ações afirmativas surgidas no Brasil nos anos de 2000, após a Conferência de Durban na África do Sul, tem garantido ao longo desses anos o acesso e a permanência da população negra e pobre no ensino superior, através da política de cotas.  A partir do ano de 2012 com a promulgação da Lei 12.711 as cotas tornaram-se obrigatórias nos institutos e universidades federais. Temos assistido antes e depois da Lei uma mudança estrutural nas universidades, não apenas na forma de ingresso, mas na dinâmica das instituições, ao lidar com um público que historicamente tem sofrido diferentes marginalizações, seja no que se refere a sua cor ou sua posição social.  Nesse contexto, o ingresso de estudantes cotistas não tem se dado apenas nos cursos de menor prestígio. Medicina e Direito, por exemplo, também tem ocupado (de maneira mais intensa) um lugar de conflito e tensões em torno desta política, que desde seu aparecimento no Brasil tem causado divergências, do qual tem formado uma polarização entre os pró-cotas e os contrários as cotas.  No entanto, a questão é: quem são os estudantes cotistas dos cursos de Medicina e Direito? Em se tratando de cursos de grande prestígio e ascensão social, ser estudante cotista é ocupar um lugar diferenciado na universidade? Quais as razões dos questionamentos do pertencimento racial e da origem social destes? Por meio de entrevistas semiestruturadas com estudantes dos dois cursos  e  com  base  em  autores  como  Bourdieu  (1998;  2002),  Hasenbalg  (1999;  2006), Guimarães (2006;  2013) e entres outros, chega-se a algumas considerações importantes: há um plano imaginário na universidade nestes cursos de alto prestígio que os estudantes cotistas são do  tipo  diferenciado,  que ocupam um lugar que não deveriam.  Tais estudantes têm sido vítimas de situações de constrangimentos e de discriminações pelo fato de serem beneficiados pelas cotas, seja por sua origem social ou o pertencimento étnico-racial.

     

  • Palavras-chave
  • Ações Afirmativas. Política de Cotas. Alunos Cotistas. Prestígio. Universidade.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Educação e Relações Étnico-Raciais
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O Colegiado do Curso de Pedagogia e a Direção do Centro de Educação apresentam os ANAIS da VI SEMANA INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA (VI SIP), o II ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO EM PRISÕES DE ALAGOAS (II ENEEPAL) e o I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO EM PRISÕES DE ALAGOAS (I SEPAL) com as temáticas “PEDAGOGIA EM MOVIMENTUS: aproximações entre universidade e sociedade”, bem como, “EDUCAÇÃO DE PESSOAS EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: embates, políticas públicas e práticas educacionais”. As atividades foram realizadas no período de 10 a 14 de dezembro de 2018 e sediadas pelo Centro de Educação (CEDU) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL, em Maceió, Alagoas.

O objetivo geral do evento foi propiciar oportunidades para socialização e discussão de estudos, pesquisas e experiências, eivadas pelo diálogo, na perspectiva democrática de construção do conhecimento. Para tanto, o evento contau com conferências, mesas-redondas, minicursos/oficinas, rodas de conversa, Grupos de Trabalhos (GT), apresentações de trabalhos científicos e relatos de experiências, reunindo estudos, pesquisas e práticas diversificadas de estudantes e docentes de graduação e de pós-graduação (Lato Sensu e Stricto Sensu), bem como de educadores sociais.

  • Educação do Campo
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ERALDO DE SOUZA FERRAZ     
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Organização Edição 2018:
Eraldo de Souza Ferraz
Marina Rebeca de Oliveira Saraiva

Periodicidade da publicação:
Anual

Idioma:
Português

ISSN: 1981 - 3031

Autor corporativo (instituição responsável pela publicação):
Universidade Federal de Alagoas
Centro de Educação
Curso de PEDAGOGIA

Endereço: Av. Lourival Melo Mota, S/n - Tabuleiro do Martins, Maceió - AL, 57072-900