O aluno surdo dispõe de especificidades que devem ser integradas ao ensino. Uma destas é o caráter visual que deve ser predominante durante as aulas, diminuindo a distância entre o professor e o aluno surdo. A química, por ser um componente curricular com muitos termos próprios e abstratos, pode oferecer uma dificuldade elevada nos processos de ensino e aprendizagem para alunos surdos, fazendo com que exista uma necessidade ainda maior de adaptações para incluir este grupo, como o uso de modelos físicos, vídeos e experimentos. Este trabalho visa discutir como a experimentação tem sido utilizada no ensino de química para promover a acessibilidade metodológica e inclusão no nível médio para alunos surdos. A fonte de coleta de dados foi a pesquisa bibliográfica dos principais autores nacionais que discorrem sobre o assunto e, a partir de critérios e descritores, foram selecionados artigos para análise no portal de periódicos CAPES numa revisão sistemática. A partir do que foi feito, foi possível observar que os trabalhos publicados ainda estão restritos a grupos de alunos surdos, ao invés de turmas com alunos surdos. Além disso, notou-se que o modo principal de utilização da experimentação foi demonstrativo, de forma que foram identificadas dificuldades comuns que devem ser consideradas em trabalhos posteriores. Ademais, constatou-se que essa área ainda é muito carente de trabalhos, uma vez que pouquissimos trabalhos foram publicados.
Comissão Organizadora
Simpósio Internacional de Pesquisa e Ensino
Benedito Eugenio
Comissão Científica
JULIANE FREIRE DOS SANTOS