Este trabalho tem como objetivo analisar como estereótipos de gênero influenciam o desempenho acadêmico em matemática, especialmente em meninas. Desde a infância, as crianças internalizam a ideia de que a matemática seria uma disciplina predominantemente masculina, afetando a autoconfiança feminina e seu interesse em carreiras científicas. A literatura aponta que, apesar das diferenças de desempenho entre os gêneros serem pequenas, as características da “ameaça do estereótipo” - ou seja, a crença de que meninas são menos habilidosas em matemática - prejudicam seu rendimento, especialmente em contextos de alta pressão. O trabalho também destaca o papel dos professores e dos pais, que muitas vezes, ainda que deliberadamente, reforçam esses estereótipos, contribuindo para a formação de uma identidade matemática negativa em meninas. A metodologia utilizada é uma revisão narrativa, abrangendo estudos quantitativos e qualitativos que exploram como esses estereótipos afetam a percepção das alunas sobre suas habilidades e suas decisões futuras. Os resultados sugerem que intervenções que promovam a igualdade de gênero são essenciais para combater o impacto desses estereótipos. Recomenda-se uma capacitação docente para reduzir preconceitos, assim como iniciativas educacionais que incentivem a autoconfiança das meninas. Conclui-se que, com o apoio institucional e familiar adequado, é possível criar um ambiente mais inclusivo, que permita a todas as crianças explorar seu potencial em matemática, contribuindo para uma maior representatividade.
Comissão Organizadora
Simpósio Internacional de Pesquisa e Ensino
Benedito Eugenio
Comissão Científica
JULIANE FREIRE DOS SANTOS