Avaliação da autoestima na aprendizagem

  • Autor
  • Larissa Cristine Bida
  • Co-autores
  • Maria Marilize Soistak
  • Resumo
  • AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA NA APRENDIZAGEM

     

    Resumo: Essa pesquisa verificou a existência de uma relação entre autoestima e a aprendizagem na educação, assim como quais são os instrumentos de avaliação utilizados para medir uma autoestima saudável ou uma baixa autoestima. Os objetivos são analisar tal contribuição e compreender os conceitos que relacionam a autoestima à aprendizagem, situando as constatações de autores, e a escola de autoestima de Rosenberg e a sua utilização. Segundo Cavalcanti (2003) a autoestima e a aprendizagem se relaciona de maneira direta uma vez que as dificuldades do aprender podem provocar uma baixa na autoestima e os problemas de baixa valorização pessoal culminam para desajustes e dificuldades de aprendizagem. O processo de aprendizagem é próprio de cada ser humano, desde que nascemos aprendemos a todo momento, com nossos pais, nossa família, e as pessoas em geral com quem nos relacionamos. Entende-se a aprendizagem como um processo de construção individual, a qual se faz uma interpretação única pessoal e cultura. De acordo com Pain (1992, p.11), “o processo de 5513 aprendizagem se inscreve na dinâmica da transmissão da cultura, que constitui a definição mais ampla da palavra educação”. Durante esse processo de construção individual podemos ressaltar a autoestima, como implicadora e pode ou não influenciar no desenvolvimento intelectual da criança. [...] autoestima é sem dúvida uma das grandes descobertas das ciências do comportamento do século XX. Para os investigadores é um vasto terreno de onde não emerge nenhuma teoria global. As abordagens são múltiplas não é fácil orientarmo-nos. Embora a teoria está continuamente desafiada a manter-se ligada aos acontecimentos de diversas atividades (Aragón e Diez, 2004, p. 9 apud CABRAL, 2006, p. 18). Aí vem a necessidade de contextualizar a autoestima, que vai além de uma simples conceituação, podendo ser compreendida de forma complexa, sendo uma parte essencial da nossa personalidade e que as vezes esquecemos da sua existência. A autoestima está inteiramente ligada com a avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmo, uma autoestima saudável vai gerar um bem-estar, enquanto que em níveis mais baixos pode se perceber um humor depressivo. Uma das ferramentas utilizadas pela Psicologia para avaliar ela e muda-la, é a escala da autoestima de Rosenberg, é uma escala pequena, rápida, confiável e tem muita validade. Esse estudo consiste em uma breve revisão de literatura com instrumentos misto, a qual é um método de pesquisa que permite a coleta e análise crítica dos artigos encontrados. Pode-se considerar que a pesquisa foi realizada através das bases de dados Scientific eletronic Libraryonline (SCIELO), no PubMed e Google Academico, utilizando a combinação dos descritores. Sendo assim, foi utilizado a escala da autoestima de Rosenberg, evidenciando a sua influência no processo ensino-aprendizagem, artigos e estudos selecionados. Estudos comentam que, para que haja uma aprendizagem efetiva, são determinantes algumas condições básicas, como uma boa alimentação, um bom estado de saúde e um bem-estar físico (MENDES et al, 2017). Sendo assim, Mendes (et al, 2017) acrescenta que a aprendizagem vai além da noção de comportamento; nela, estão implícitos conceitos psicológicos importantes. No que se refere à autoestima, Coopersmith (1967, apud DEFFENDI e SCHELINI, 2014), considera que uma pessoa com autoestima alta mantém uma imagem bastante constante das suas capacidades, tem maior probabilidade de assumir papéis ativos em grupos sociais e tende a se orientar mais diretiva e realisticamente às suas metas pessoais. Sendo assim, quando relacionamos o processo de ensino aprendizagem com os aspectos que envolvem a autoestima, é possível perceber que os alunos que se sentem seguros das suas capacidades de aprendizagem e possuem um sentimento geral de competência, exibem comportamentos de interesse e motivação para as tarefas escolares (SCHUNK, 1990 apud DEFFENDI e SCHELINI, 2014). Alguns autores, como Diogo (2009, apud MENDES et al, 2017) afirmam que a autoestima é vista como um dos indicadores sociais fundamentais para a compreensão do crescimento e do progresso pessoal e, um ponto decisivo a ser observado no desenvolvimento pessoal. Um instrumento, que tem sido utilizado para medir a autoestima é a Escala de Rosenberg (1979). Possui dez itens, sendo seis referentes a uma visão positiva de si mesmo e quatro referentes a uma visão autodepreciativa. As opções de resposta são “discordo”, “nem concordo, nem discordo” e “concordo” (SBICIGO, 2010). Rosenberg (1989, apud PECHORRO, 2011) define autoestima como a orientação positiva ou negativa de cada indivíduo relativamente a si mesmo e refere-se a ela como um dos componentes do autoconceito, que é por sua vez contextualizado como a totalidade dos pensamentos e sentimentos do indivíduo com referência a si próprio enquanto objeto. Tendo em vista os conceitos que abrangem o processo de ensino-aprendizagem, a autoestima e como eles se relacionam nas questões de auto percepção, autoconfiança e motivação, notamos que a Escala de Rosenberg é um instrumento que pode ser aliado para identificar em aprendizes a autoestima baixa, a qual pode vir a influenciar na aprendizagem. Rosenberg (1965 apud VISCARDI e CORREIA, 2017) considera que a autoestima é a auto avaliação pessoal, a qual implica sentimento de valor, englobando um componente predominantemente afetivo, expresso em uma atitude de aprovação/desaprovação em relação a si mesmo. O estudo mostra que a autoestima pode ser vista como algo que melhora a vida das pessoas, sendo ela formada por fatores internos e externos, podendo-se relacionar com a personalidade. Outros estudos mostram que nas diversas áreas da psicologia, o construto da autoestima tem sido de grande importância devido a influência deste no ajustamento psicossocial e, especificamente, por ser indicador de saúde mental (FORMIGA et al, 2013). Como se trata de uma pesquisa que veio com a intenção de pontuar algumas conceituações, estudos, pesquisas e instrumentos de avaliação da temática apresentada, percebe-se que a autoestima vem para melhorar a vida das pessoas, estimulando- o, motivando-o, composto por fatores externos e internos, onde as suas interações fazem parte da personalidade do indivíduo. Nesse sentido percebe-se que a autoestima influencia no processo de aprendizagem, sendo a família e a escola, grandes responsáveis por resgatar a autoestima das crianças. A Escala de Rosenberg vem para contribuir, constituindo-se como uma medida que avalia as respostas dos indivíduos para avaliar a autoestima alta e baixa, os alunos que apresentaram uma alta autoestima tem mais maiores probabilidades de uma aprendizagem de eficiência e aumentam sua capacidade de aprender. Note-se que nesta escala a alta autoestima global é reflexo de um indivíduo que se sente bem, isto é, sente-se uma pessoa igual às outras e não necessariamente, superior às outras, refletindo uma avaliação global do indivíduo acerca de si próprio (Abrantes, 1998) A escala de autoestima de Rosenberg (1965 apud TOLENTINO, 2015) apresenta garantia de consistência interna na mensuração do seu construto. O seu instrumental é simples e fácil de ser aplicado e avaliado, composto por itens positivos e negativos. Não se trata se um trabalho conclusivo, mas sim um pequeno estudo que apresenta considerações relevantes com intenção de mostrar alguns possíveis instrumentais que podem ser utilizados para medir a autoestima de crianças, em ambientes escolares e fora.
  • Palavras-chave
  • Aprendizagem, autoestima, Escala de Rosenberg
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Aprendizagem, desenvolvimento humano e práticas escolares
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