EFEITOS DAS TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NA REABILITAÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

EFEITOS DAS TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NA REABILITAÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

• Autor
• Gabriela Rampanelli Estrela
• Co-autores
• Cecília Moreira de Holanda Farias , Heitor Rodrigues de Oliveira , Paola Costa Gonçalves , Isabela de Campos Maymone , Gattass Carneiro Orro de Campos
• Resumo

• Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência e caracteriza-se pelo declínio progressivo da função cognitiva, afetando a memória, a capacidade de aprendizado e outras funções executivas. Embora os tratamentos farmacológicos possam oferecer algum alívio, não existem curas para a DA, e a busca por abordagens complementares tem aumentado. As terapias não farmacológicas, que incluem estratégias como terapia cognitivo-comportamental, estimulação cognitiva e atividades físicas, têm sido propostas como métodos para melhorar a reabilitação cognitiva e a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a eficácia dessas intervenções ainda não está completamente clara, e uma avaliação sistemática pode ajudar a consolidar as evidências disponíveis. Objetivo: Avaliar a eficácia das terapias não farmacológicas na reabilitação cognitiva de pacientes com Doença de Alzheimer, considerando seus efeitos na função cognitiva, qualidade de vida, e capacidade de realizar atividades diárias. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática seguindo as diretrizes PRISMA, com pesquisa nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane Library, abrangendo estudos publicados entre 2010 e 2024. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte e revisões sistemáticas que investigaram o impacto de intervenções não farmacológicas, como terapia cognitivo-comportamental, estimulação cognitiva e programas de exercícios físicos, em pacientes com Doença de Alzheimer. A qualidade dos estudos foi avaliada usando a ferramenta GRADE, e foi realizada uma meta-análise para determinar o efeito médio das intervenções sobre a função cognitiva e outros indicadores relevantes. Resultados e Discussão: A revisão incluiu 28 estudos com um total de 1.800 pacientes com Doença de Alzheimer. Os resultados mostraram que as terapias não farmacológicas tiveram um impacto positivo significativo na função cognitiva dos pacientes, com uma melhora média de 2 pontos no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) após 6 meses de intervenção. Entre as diferentes abordagens, a estimulação cognitiva foi particularmente eficaz, com melhorias significativas na memória e nas funções executivas. A terapia cognitivo-comportamental também demonstrou benefícios.

• Palavras-chave
• Doença de Alzheimer; Terapias Não Farmacológicas; Reabilitação Cognitiva; Estimulação Cognitiva; Terapia Cognitivo-Comportamental; Exercícios Físicos.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Resumo Expandido