USO DE NEUROMODULAÇÃO NÃO INVASIVA PARA O TRATAMENTO PERSONALIZADO DE TRANSTORNOS NEUROPSIQUIÁTRICOS

USO DE NEUROMODULAÇÃO NÃO INVASIVA PARA O TRATAMENTO PERSONALIZADO DE TRANSTORNOS NEUROPSIQUIÁTRICOS

• Autor
• Mariany Costa
• Co-autores
• Gabriela Rampanelli , Paola Costa Gonçalves , Roberto Spadoni Campigotto , Estrela Cecília Moreira de Holanda Farias , Heitor Rodrigues de Oliveira , Diego Almeida Alves , Felipe Fraga Schneider , Isabella Pitote da Silva Martins
• Resumo

• Os transtornos neuropsiquiátricos, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar, afetam milhões de pessoas em todo o mundo, muitas vezes de forma debilitante. Embora tratamentos farmacológicos e psicoterapêuticos sejam amplamente utilizados, uma parcela significativa de pacientes não responde adequadamente a essas intervenções convencionais, evidenciando a necessidade de abordagens terapêuticas alternativas. A neuromodulação não invasiva, incluindo técnicas como estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), tem emergido como uma opção promissora. Estas tecnologias permitem a modulação da atividade cerebral sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos, oferecendo a possibilidade de tratamentos personalizados com base nas características neurofisiológicas individuais dos pacientes. Este artigo explora o potencial da neuromodulação não invasiva no tratamento de transtornos neuropsiquiátricos, destacando suas vantagens, mecanismos de ação, e a personalização do tratamento. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da neuromodulação não invasiva no tratamento personalizado de pacientes com transtornos neuropsiquiátricos, comparando diferentes técnicas e parâmetros de estimulação para determinar a abordagem mais eficaz para cada perfil de paciente. METODOLOGIA: Estudo clínico controlado e randomizado, realizado com 100 pacientes diagnosticados com transtornos neuropsiquiátricos, incluindo depressão resistente ao tratamento, esquizofrenia e transtorno bipolar. Os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo A (tratamento com EMTr), Grupo B (tratamento com ETCC) e Grupo C (controle, tratamento farmacológico convencional). Todos os pacientes foram submetidos a uma avaliação neuropsicológica e neurofisiológica detalhada antes do início do tratamento, incluindo ressonância magnética funcional (RMf) e eletroencefalografia (EEG) para mapear as áreas cerebrais disfuncionais. Os parâmetros de estimulação para os Grupos A e B foram personalizados com base nos resultados dessas avaliações. O tratamento foi administrado cinco vezes por semana durante seis semanas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os grupos tratados com neuromodulação não invasiva (Grupos A e B) apresentaram uma redução significativa nos sintomas em comparação ao grupo controle. O Grupo A, que utilizou EMTr, mostrou uma redução média de 45% nos sintomas depressivos e uma melhoria significativa na conectividade funcional entre as regiões pré-frontais e límbicas. O Grupo B, submetido à ETCC, apresentou uma redução média de 40% nos sintomas, com destaque para a melhora na regulação emocional em pacientes com transtorno bipolar. A personalização dos parâmetros de estimulação, baseada na análise neurofisiológica prévia, foi crucial para otimizar os resultados, permitindo ajustes finos que levaram a respostas terapêuticas mais robustas. A comparação entre os grupos de neuromodulação revelou que, embora ambos os métodos sejam eficazes, a EMTr apresentou vantagens específicas em casos de depressão resistente, enquanto a ETCC mostrou maior eficácia em transtornos de regulação do humor. CONCLUSÃO: A neuromodulação não invasiva, quando aplicada de forma personalizada, oferece uma abordagem terapêutica eficaz para o tratamento de transtornos neuropsiquiátricos, especialmente em pacientes que não respondem aos métodos convencionais. Este estudo demonstra que a personalização dos parâmetros de estimulação com base em características neurofisiológicas específicas pode maximizar os benefícios clínicos, sugerindo que a neuromodulação deve ser considerada uma opção terapêutica viável e potencialmente transformadora no campo da psiquiatria.

• Palavras-chave
• Neuromodulação não invasiva, Transtornos neuropsiquiátricos, Estimulação magnética transcraniana repetitiva, Estimulação transcraniana por corrente contínua.
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