INTRODUÇÃO: A polimedicação é definida como o uso de 4 ou mais medicamentos de forma rotineira e concomitante por um paciente. Essa é uma realidade comum entre os idosos, principalmente devido à presença de doenças crônicas e de comorbidades que exigem um tratamento contínuo. No entanto, a utilização excessiva e inadequada de fármacos pode gerar efeitos adversos, preveníveis a partir da desprescrição. OBJETIVO: Abordar os desafios e as consequências da polimedicação e as estratégias da desprescrição em pacientes idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foram selecionadas revisões sistemáticas, publicadas entre 2019 e 2024, no PubMed, a partir dos descritores "older people", "older adults" e "polypharmacy". RESULTADOS: Identificou-se, na análise dos artigos selecionados, que a polifarmácia em idosos está frequentemente relacionada a efeitos adversos, como fragilidade, desnutrição, baixa adesão ao tratamento e hospitalizações não planejadas, o que aumenta os riscos para essa população vulnerável. Em relação à desprescrição, os estudos sugerem que, quando realizada de forma individualizada, pode melhorar a qualidade de vida, com resultados significativos na função cognitiva. Contudo, existem barreiras para sua implementação, como a crença na necessidade de múltiplos medicamentos, a falta de comunicação entre profissionais e a resistência dos pacientes. CONCLUSÃO: Os estudos analisados demonstram que a polimedicação em idosos está fortemente associada a desfechos adversos, como desnutrição, maior risco de interações medicamentosas e aumento de hospitalizações e mortalidade. Para minimizar esses riscos, é essencial implementar estratégias de desprescrição, que destacam a importância da revisão dos medicamentos e da educação dos pacientes. Esse processo, integrado e personalizado, requer a colaboração de uma equipe multidisciplinar e a comunicação com o paciente e cuidadores para garantir segurança e eficácia. Em suma, a abordagem cuidadosa da polifarmácia é crucial para promover a segurança e o bem-estar na atenção primária a essa população vulnerável.
É com satisfação que apresentamos os Anais do Simpósio Paraense de Geriatria e Gerontologia 2024, realizado em Belém, Pará, nos dias 09 e 10 de novembro de 2024. Em formato preliminar/digital, o registro é um compêndio técnico-científico que reúne contribuições significativas nas áreas de Geriatria e Gerontologia. Esta publicação abrange resumos que refletem o estado atual do conhecimento e as inovações mais recentes voltadas para o cuidado integral ao idoso, abordando desde aspectos clínicos e terapêuticos até práticas de promoção da longevidade saudável.
Os Anais do Simpósio Paraense de Geriatria e Gerontologia 2024 apresentam uma importante contribuição técnica para as áreas de Geriatria e Gerontologia, reunindo um conjunto de resumos e estudos apresentados por profissionais e pesquisadores que abordam questões relevantes e atuais sobre o envelhecimento humano. Esta publicação inclui trabalhos que analisam tanto aspectos biomédicos e psicossociais do envelhecimento quanto avanços tecnológicos e clínicos, refletindo o compromisso com a promoção de um envelhecimento saudável e sustentável.
Os trabalhos foram criteriosamente selecionados e organizados, atendendo a padrões de rigor científico e relevância prática, abrangendo temas como novas abordagens diagnósticas, terapias avançadas, políticas públicas para a saúde do idoso e práticas preventivas. Este conjunto de estudos e ensaios fornece insights técnicos sobre as tendências e os desafios enfrentados em Geriatria e Gerontologia, oferecendo um referencial atualizado para acadêmicos, profissionais da saúde e gestores específicos em aprimorar suas práticas e conhecimentos na área.
Agradecemos a todos os participantes cujas contribuições enriquecem a prática e o conhecimento sobre envelhecimento saudável, fortalecendo a ciência e a assistência à saúde na região Norte e no Brasil.
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Simposio Paraense de Geriatria e Gerontorologia 20
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