INTRODUÇÃO: O abuso e a violência sexual há décadas figuram como questões de extrema relevância social, cultural, de saúde e de segurança pública em nossa sociedade. Anualmente, o número de casos reportados por órgãos como o Ministério da Saúde e de Segurança Pública é alarmante, demonstrando a gravidade e a urgência desse problema (Azambuja, 2013). MATERIAIS E MÉTODOS: O método utilizado nesta pesquisa se trata de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão narrativa, que se objetiva explorar a respeito do olhar dos profissionais de Psicologia frente a crianças vítimas de abuso sexual, buscando compreender a principais tecnicas e manejo ultilizadas, assim como, os principais desafios éticos envolvidos nesse tipo de intervenção. A busca na base de dados foi através das palavras-chave "violência", "psicologia" e "abuso sexual infantil", aplicadas nas bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). A análise dos estudos nesta pesquisa foi realizada utilizando a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para a amostra final, apenas 9 estudos contemplaram a temática central da pesquisa. O estudo de Bérgamo e Bernardes (2015) descrevem sobre os impactos emocionais mais frequentes que abrangem transtornos como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), entre outros sintomas psicopatológicos. Ele destaca ainda que o abuso sexual pode acarretar alterações comportamentais significativas na criança, incluindo agressividade, retraimento social e dificuldades em estabelecer vínculos de confiança nas relações interpessoais. Tais sintomas tendem a surgir precocemente, manifestando-se de diferentes formas, conforme o contexto familiar e o suporte social disponível. Além dos impactos emocionais, o abuso sexual infantil pode originar transtornos mentais profundos e duradouros. Conforme Persoli e Dell’Aglio (2015). O autor destaca ainda, que as intervenções psicológicas precisam ir além do diagnóstico, devem se centrar na experiência única de cada criança, criando um espaço de acolhimento onde ela possa resgatar seu sentido de valor e reconstruir a autoestima. É um trabalho que exige presença e sensibilidade para favorecer a resiliência, respeitando o ritmo e a singularidade de cada trajetória de sofrimento e superação. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o atendimento psicológico a crianças vítimas de abuso sexual exige uma abordagem complexa, multidisciplinar e pautada por princípios éticos rigorosos. A revisão evidenciou que o psicólogo desempenha um papel crucial na escuta sensível e no manejo de técnicas terapêuticas que preservem a integridade emocional da criança, além de garantir a coleta de informações pertinentes sem revitimização.
Anais do PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS Terap
Registrado no ISBN 978-65-982433-1-9
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