Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) representa um desafio significativo na prática clínica, caracterizando-se pela manutenção de níveis elevados de pressão arterial mesmo com o uso combinado de três ou mais medicamentos anti-hipertensivos em doses otimizadas. Essa condição está associada a maior risco de complicações cardiovasculares e renais, exigindo estratégias de manejo que ultrapassem os limites das terapias convencionais. Diante disso, novas abordagens terapêuticas têm emergido, incluindo intervenções farmacológicas avançadas, como inibidores de neprilisina e antagonistas de receptores mineralocorticoides, além de técnicas não farmacológicas, como a denervação renal e dispositivos de estimulação barorreflexa. Inovações tecnológicas, como o uso de testes genéticos e monitoramento remoto, também oferecem promissoras perspectivas. Esta revisão integrativa analisa essas estratégias, explorando avanços recentes, desafios e possibilidades futuras no manejo da HAR. Objetivos: Analisar as abordagens terapêuticas atuais e emergentes no manejo da hipertensão arterial resistente (HAR), com foco nas opções farmacológicas, intervenções não farmacológicas e inovações tecnológicas. Metodologia: A metodologia consistiu em uma revisão integrativa da literatura científica sobre as novas abordagens no manejo da hipertensão arterial resistente (HAR). Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scopus, Google Acadêmico e LILACS, com busca de artigos completos, publicados entre 2017 e 2024, em inglês, espanhol ou português. A pergunta da estratégia PICO foi: "Em pacientes com hipertensão arterial resistente (P), as novas abordagens terapêuticas (I) em comparação com tratamentos convencionais (C) reduzem a pressão arterial e melhoram os desfechos clínicos (O)?" A estratégia de busca utilizou termos como "hipertensão arterial resistente", "novas abordagens", "tratamentos emergentes", "denervação renal" e "inibidores de neprilisina". Foram incluídos artigos originais que abordassem eficácia, segurança, adesão ao tratamento e inovações terapêuticas. Excluíram-se revisões, editoriais e estudos com amostras não representativas. Após análise, 10 artigos atenderam aos critérios estabelecidos. Resultados: Duas novas abordagens promissoras no manejo da hipertensão arterial resistente (HAR) incluem o uso de antagonistas do receptor mineralocorticoide (ARM) e dispositivos de estimulação barorreflexa. Os ARM, como a espironolactona, são eficazes na redução significativa da pressão arterial, especialmente em combinação com outros medicamentos, embora exijam monitoramento para evitar efeitos adversos como hiperpotasemia. Já os dispositivos de estimulação barorreflexa atuam estimulando os barorreceptores para reduzir a atividade simpática, promovendo controle sustentável da pressão arterial em pacientes com resistência ao tratamento convencional. Ambas as estratégias ampliam as opções terapêuticas para um manejo mais eficaz e personalizado da HAR. O avanço na compreensão das variantes genéticas relacionadas ao metabolismo de medicamentos anti-hipertensivos representa uma abordagem promissora no manejo da hipertensão arterial resistente (HAR). Testes genéticos permitem identificar diferenças individuais na metabolização de fármacos, possibilitando uma prescrição mais personalizada e eficaz. Essa prática tem o potencial de aumentar significativamente as taxas de sucesso no controle da pressão arterial, especialmente em pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais. Embora ainda não amplamente implementados, os testes genéticos podem se tornar rotina à medida que os custos diminuem e a tecnologia avança. A denervação renal é uma técnica minimamente invasiva que utiliza cateteres para reduzir a atividade simpática dos nervos renais, uma causa significativa de HAR. Indicada para casos refratários ao tratamento medicamentoso, a intervenção mostrou eficácia na redução da pressão arterial. No entanto, barreiras como altos custos e necessidade de infraestrutura especializada limitam sua aplicação. Estudos continuam avaliando seus efeitos de longo prazo. Conclusão: Em conclusão, as novas abordagens no manejo da hipertensão arterial resistente, incluindo terapias farmacológicas emergentes e intervenções não farmacológicas, oferecem perspectivas promissoras para melhorar o controle da condição. No entanto, a adesão ao tratamento, os custos elevados e a necessidade de infraestrutura especializada continuam sendo desafios significativos. Estudos futuros devem focar na avaliação de longo prazo dessas terapias e no desenvolvimento de estratégias para otimizar a implementação em sistemas de saúde pública.
Anais do PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS Terap
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