Introdução: A resistência à insulina é um distúrbio metabólico caracterizado pela diminuição da resposta do organismo à ação da insulina, levando a um aumento dos níveis de glicose no sangue. Esse fenômeno é um dos principais componentes da síndrome metabólica e está intimamente associado ao desenvolvimento de diversas complicações de saúde, especialmente doenças cardiovasculares. O vínculo entre resistência à insulina e doenças cardiovasculares tem sido amplamente discutido na literatura científica, visto que a resistência insulínica pode desencadear processos inflamatórios, dislipidemia e hipertensão, fatores de risco para condições como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Objetivo: Analisar a relação entre a resistência à insulina e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, analisando os mecanismos fisiopatológicos envolvidos e os fatores de risco associados. Metodologia: A metodologia consistiu em uma revisão integrativa de literatura, utilizando as bases de dados LILACS, PubMed, Google Acadêmico e SciELO, abrangendo publicações entre 2020 e 2024. A busca foi orientada pela estratégia PICO, com a pergunta: “Quais são as atualizações das diretrizes e os desafios relacionados à resistência à insulina e suas implicações nas doenças cardiovasculares?”. Foram incluídos artigos científicos originais, publicados em português ou inglês, excluindo-se revisões de literatura. Após a triagem e análise de relevância, doze artigos foram selecionados para compor os resultados. Esse método possibilitou a identificação das melhores práticas e a compreensão dos avanços no manejo da resistência à insulina e sua relação com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Resultados: A resistência à insulina (RI) é um fator crucial no desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCVs). Quando o organismo perde a sensibilidade à insulina, ocorre uma compensação com a produção excessiva desse hormônio, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Esse cenário favorece o surgimento de inflamação, alterações nos lipídios sanguíneos e hipertensão, condições que estão intimamente ligadas ao risco cardiovascular. Além disso, a RI contribui para o acúmulo de gordura abdominal, que, por sua vez, aumenta a liberação de substâncias inflamatórias, prejudicando o funcionamento dos vasos sanguíneos. Essa alteração também pode comprometer a saúde do endotélio e facilitar a formação de placas ateroscleróticas, elevando a chance de eventos cardiovasculares graves. Controlar a resistência à insulina, por meio de hábitos saudáveis como alimentação balanceada e exercício físico, pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares, especialmente entre aqueles com predisposição genética ou outros fatores de risco. Considerações finais: Em conclusão, a resistência à insulina desempenha um papel central no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, estabelecendo uma interrelação entre distúrbios metabólicos e complicações cardíacas. Ao promover condições como hipertensão, dislipidemia e inflamação, a resistência à insulina aumenta significativamente o risco de eventos cardiovasculares. Estratégias preventivas, como a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e exercício, são essenciais para mitigar esse risco. Além disso, o monitoramento contínuo e a intervenção precoce em indivíduos com sinais de resistência à insulina podem ser fundamentais para prevenir o avanço para doenças cardiovasculares. O manejo adequado dessa condição é, portanto, crucial para a promoção da saúde cardiovascular a longo prazo.
Anais do PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS Terap
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