Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição caracterizada pela perda gradual e irreversível da função renal, na qual os rins deixam de desempenhar adequadamente suas funções de filtração, excreção de resíduos e equilíbrio de fluidos e eletrólitos. A IRC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo frequentemente associada a comorbidades como hipertensão, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. A progressão da doença é lenta e, em muitos casos, os sintomas podem não ser evidentes nas fases iniciais, o que dificulta a identificação precoce. Com o tempo, à medida que a função renal diminui, os pacientes podem desenvolver complicações graves, como edema, distúrbios eletrolíticos e falência renal terminal, que exige tratamentos como a diálise ou o transplante renal. Objetivo: Analisar o impacto do diagnóstico precoce da insuficiência renal crônica na Atenção Primária à Saúde. Metodologia: A metodologia deste estudo consistiu em uma revisão integrativa de literatura, utilizando as bases de dados LILACS, PubMed, Google Acadêmico e SciELO, com publicações de 2019 a 2024. A pesquisa foi orientada pela estratégia PICO, com a questão central: "Qual o impacto do diagnóstico precoce da insuficiência renal crônica na Atenção Primária à Saúde?" Foram incluídos artigos originais publicados em português ou inglês, excluindo revisões de literatura. Após a triagem dos estudos, foram selecionados nove artigos que atenderam aos critérios de relevância para o tema. Essa abordagem permitiu identificar as melhores práticas e diretrizes para a detecção precoce da insuficiência renal crônica, bem como os desafios enfrentados pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Resultados: O diagnóstico precoce da insuficiência renal crônica (IRC) na Atenção Primária à Saúde (APS) é crucial para melhorar os resultados clínicos dos pacientes e reduzir a progressão da doença. A detecção precoce da IRC permite identificar alterações renais em estágios iniciais, possibilitando intervenções que retardam ou até mesmo evitam a evolução para insuficiência renal terminal. Na APS, a abordagem proativa é fundamental, pois os profissionais de saúde estão em contato contínuo com a população, sendo capazes de monitorar fatores de risco, como hipertensão e diabetes, que contribuem para o desenvolvimento da IRC. Além disso, o diagnóstico precoce facilita a implementação de estratégias de manejo, como o controle rigoroso da pressão arterial, a orientação sobre hábitos saudáveis e o uso de medicamentos que retardam a progressão da doença. A detecção precoce na APS também reduz a necessidade de tratamentos mais invasivos e caros, como a diálise, promovendo uma gestão mais eficiente e custo-efetiva da saúde renal, além de melhorar a qualidade de vida do paciente a longo prazo. Considerações finais: Em conclusão, o diagnóstico precoce da insuficiência renal crônica na Atenção Primária à Saúde é uma estratégia essencial para o controle da doença e a melhoria dos resultados clínicos dos pacientes. A identificação precoce de fatores de risco e a monitorização contínua na APS permitem intervenções adequadas e eficazes, prevenindo a progressão da doença renal e evitando complicações graves. Com o acompanhamento adequado, é possível minimizar os custos associados ao tratamento da insuficiência renal em estágios mais avançados, além de promover uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Portanto, a promoção de práticas de rastreamento e conscientização na Atenção Primária representa um passo fundamental para o enfrentamento da insuficiência renal crônica, destacando a importância de estratégias preventivas e o fortalecimento da rede de cuidados na saúde renal.
Anais do PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS Terap
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