DIAGNÓSTICO E MANEJO DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) EM ADULTOS

DIAGNÓSTICO E MANEJO DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) EM ADULTOS

• Autor
• Mayara kecylin Pereira de lima
• Co-autores
• Nina Herszenhut Marinho de Oliveira , Felipe Sodré Ribeiro , Maria Vitória Teixeira Laudares , João Guilherme Coelho Vilela , Tamille Mendes Bezerra , Emile Rafaela Ferreira Lisboa Lopes , Liciane Peixoto Costa Liberato
• Resumo

• Introdução: Os transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o autismo, apresentam desafios significativos quando diagnosticados na vida adulta. Embora sejam condições geralmente identificadas na infância, muitos casos permanecem sem diagnóstico até a idade adulta, resultando em prejuízos sociais, ocupacionais e emocionais. A ausência de critérios diagnósticos específicos para adultos e a coexistência de comorbidades psiquiátricas complicam o processo de avaliação. Nesse contexto, estratégias diagnósticas mais claras e intervenções terapêuticas abrangentes são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e promover a integração social desses indivíduos. Objetivo: Analisar os desafios relacionados ao diagnóstico de transtornos do neurodesenvolvimento, como TDAH e autismo, em adultos. Metodologia: A presente revisão de literatura teve como objetivo analisar o diagnóstico e manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em adultos. Foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, PUBMED, LATINDEX e SCIELO, utilizando os descritores “TDAH em adultos”, “diagnóstico do TDAH” e “manejo terapêutico do TDAH”. Foram incluídos artigos completos, gratuitos, publicados entre 2020 e 2024, em inglês, espanhol ou português. A estratégia PICO foi: P adultos com TDAH, I intervenções diagnósticas e terapêuticas, C ausência de intervenção ou tratamentos alternativos, O diagnóstico preciso e melhora clínica. Foram incluídos estudos que abordaram métodos diagnósticos e abordagens terapêuticas para o TDAH em adultos, enquanto artigos que não tratavam diretamente dessas questões foram excluídos. Ao final, 7 artigos foram selecionados para análise detalhada. Resultados: O diagnóstico de transtornos do neurodesenvolvimento em adultos, como o TDAH e o autismo, permanece um desafio significativo na prática psiquiátrica. A identificação tardia dessas condições é comum e está frequentemente associada a graves impactos psicossociais, como isolamento social e dificuldades em atividades cotidianas. Esses desafios são agravados pela presença de comorbidades, como ansiedade e depressão, que complicam ainda mais a avaliação diagnóstica. Embora a transição diagnóstica da infância para a vida adulta exija critérios bem definidos, ainda há uma lacuna na padronização de diretrizes específicas para adultos. Estudos sugerem que o acompanhamento contínuo ao longo da vida é essencial para assegurar que os indivíduos recebam intervenções apropriadas. As dificuldades relacionadas ao desempenho social e ocupacional, frequentemente relatadas, evidenciam a necessidade de abordagens terapêuticas abrangentes. Tanto tratamentos farmacológicos quanto terapias comportamentais, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), demonstram eficácia no manejo do TDAH. No caso do autismo, intervenções que promovam habilidades sociais são cruciais para melhorar a integração social e a qualidade de vida. Além disso, a combinação de cuidados psicossociais com estratégias farmacológicas se mostra promissora, especialmente no manejo de comorbidades. A superação desses desafios exige esforços contínuos em pesquisa e uma abordagem multidisciplinar, focada na individualização do cuidado e na promoção da autonomia dos pacientes. Considerações finais: A análise realizada evidencia que o diagnóstico e manejo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em adultos continuam sendo desafios significativos na prática clínica. A identificação tardia, frequentemente acompanhada de comorbidades como ansiedade e depressão, ressalta a necessidade de critérios diagnósticos mais claros e diretrizes específicas para essa faixa etária. As abordagens terapêuticas analisadas, incluindo intervenções farmacológicas e comportamentais, demonstram eficácia no manejo dos sintomas, promovendo melhora na funcionalidade social, ocupacional e emocional dos pacientes. No entanto, a integração de cuidados multidisciplinares e o acompanhamento contínuo se mostram cruciais para atender às complexidades desse transtorno ao longo da vida. Assim, o avanço nas pesquisas e na individualização do cuidado é essencial para aprimorar a qualidade de vida dos adultos com TDAH e reduzir os impactos negativos dessa condição.

• Palavras-chave
• Diagnóstico, Manejo, TDAH
• Área Temática
• Resumo Simples, Ciências da Saúde, área geral

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