Introdução: Representando um notável desafio clínico, a hipertensão arterial resistente (HAR) manifesta-se pela persistência de níveis elevados de pressão arterial, mesmo diante do uso adequado de três ou mais classes de anti-hipertensivos, incluindo um diurético. É indubitável que a HAR representa um problema sério de saúde tendo em vista as complicações trazidas com ela. Nesse sentido, novas abordagens terapêuticas, que englobam intervenções farmacológicas, mudanças no estilo de vida e avanços tecnológicos, têm emergido como alternativas promissoras para o manejo desta condição complexa e frequentemente debilitante. Objetivo: O objetivo da presente análise é rever as abordagens terapêuticas, tanto emergentes quanto consolidadas, no tratamento da HAR. Metodologia: A pesquisa se baseia em uma revisão detalhada de estudos entre 2018 a 2023 selecionados de importantes bases de dados científicas, como PUBMED, SCIELO e LILACS. Os artigos foram analisados para avaliar a eficácia de intervenções farmacológicas, como o uso de antagonistas do receptor mineralocorticoide (ARM), além de estratégias não farmacológicas e a implementação de métodos intervencionistas. Resultados e Discussão: As evidências revelam que o uso de ARM, quando combinado com outros agentes anti-hipertensivos, tem se mostrado eficaz, porém é necessário a avaliação contínua dos pacientes devido. Quanto às intervenções invasivas, a estimulação do seio carotídeo e a denervação simpática renal, apesar de promissores, têm limitações, seja pela invasividade dos procedimentos seja pela variabilidade nas respostas dos pacientes. O CPAP, utilizado no tratamento da apneia do sono, apresentou bons resultados em certos pacientes que tem indicação para o uso, mas sua eficácia depende da adesão ao tratamento. Além disso, a fístula arteriovenosa também tem sido investigada, mostrando bons resultados, apesar de ser associada a riscos de complicações vasculares. Conclusão: Em síntese, o manejo da hipertensão arterial resistente demanda uma abordagem integrada, de modo que possa haver de fato redução de desfechos clínicos desfavoráveis para o paciente. Entretanto, apesar de tais inovações se mostrarem eficientes é necessário mais robustez nas evidências para garantir sua eficácia a longo prazo e sua aplicabilidade clínica em larga escala.
Anais do PRIMEIRO CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS Terap
Registrado no ISBN 978-65-982433-1-9
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