Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise documental de quatro publicações da UNESCO sobre Inteligência Artificial Generativa (IAgen), com o objetivo de identificar diretrizes, preocupações éticas e recomendações voltadas à promoção da formação crítica, do letramento digital e do letramento em IA no contexto educacional. Parte-se da hipótese de que estudantes sem formação crítica adequada tendem a aceitar passivamente conteúdos gerados por IA, confundindo reprodução algorítmica com conhecimento autêntico. Os resultados apontam quatro eixos principais nas recomendações da UNESCO: (1) primazia ética e humanista para orientar o uso da IA; (2) capacitação crítica que supera a mera instrumentalização tecnológica; (3) reconhecimento da tensão epistemológica entre automatização da resposta e construção ativa do conhecimento; e (4) necessidade de uma governança multiescalar e participativa. Conclui-se que a integração consciente da IAgen requer estratégias pedagógicas que integrem práticas reflexivas, governança responsável e alfabetização digital avançada, visando superar a superficialização cognitiva e promover a agência crítica dos estudantes frente às tecnologias digitais.
ISSN: 2965-4130
Comissão Organizadora
Victor Barros
Francisco Carlos Paletta
Comissão Científica
Armando Malheiro da Silva, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Audilio Gonzales Aguilar, Université Paul-Valéry Montpellier III
Francisco Carlos Paletta, Universidade de São Paulo
José Antonio Moreiro, Universidade Carlos III de Madrid
Victor Barros, Universidade do Minho