O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA CATALOGAÇÃO DE LIVROS RAROS: possibilidades e limitações

  • Autor
  • Eduardo Manoel de Souza Schosler
  • Co-autores
  • Marcia Carvalho Rodrigues
  • Resumo
  • A catalogação de livros raros é uma atividade complexa, que exige do profissional não apenas domínio técnico, mas também sensibilidade e conhecimentos históricos e culturais sobre o livro. Nesse contexto, o crescente uso da inteligência artificial (IA) no apoio às atividades bibliotonômicas abre espaço para a reflexão sobre a sua aplicabilidade na catalogação de obras raras. Este estudo tem por objetivo investigar as possibilidades e limitações do uso de ferramentas de IA generativa neste processo. Para tanto, esta pesquisa caracteriza-se como aplicada, do tipo exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos metodológicos a serem implementados, previu-se revisão bibliográfica para a construção do aporte teórico e a realização de testes práticos utilizando ferramentas de IA generativa na elaboração de registros bibliográficos em formato MARC 21 Bibliográfico. A partir da seleção intencional de duas obras raras pertencentes ao acervo da Biblioteca Rio-Grandense (Rio Grande, RS), cujos exemplares apresentam características físicas distintas, serão elaborados os seus registros bibliográficos de acordo com regras de catalogação vigentes, em formato MARC 21, com o apoio das ferramentas CatalogerGPT, ChatGPT e Gemini. A análise dos resultados buscará avaliar o desempenho das IAs na geração e enriquecimento dos metadados, bem como no auxílio ao reconhecimento de marcas de proveniência, tais como anotações, etiquetas e carimbos, entre outras que possam surgir a partir da análise das obras selecionadas. Infere-se que as ferramentas de IA poderão contribuir para a agilidade do processo catalográfico, especialmente na descrição básica e na estruturação do registro. No entanto, há que se considerar, também, as possíveis limitações em relação a descrição de especificidades relativas à materialidade das obras em questão. Além disso, a bibliografia sugere que a ausência de julgamento crítico e a necessidade de validação humana permanente reforçam que o uso da IA deve ser complementar e não substitutivo ao trabalho especializado do professional bibliotecário. A pesquisa apresentada neste trabalho constitui um subprojeto em fase de desenvolvimento, portanto ainda não foi concluída, e constituirá o trabalho de conclusão de curso do autor.

  • Palavras-chave
  • Catalogação, Livros raros, Inteligência Artificial.
  • Área Temática
  • Organização e Representação da Informação e do Conhecimento
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ISSN: 2965-4130

  • Humanidades Digitais e Cultura Computacional
  • Transformação Digital e Sociedade
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