Introdução: A Síndrome da Compressão Medular (SCM) consiste em uma emergência oncológica, aonde ocorre a invasão direta da medula e/ou raizes nervosas por neoplasias primárias localmente avançadas ou por metástases na coluna vertebral (TEIXEIRA et al., 2018). Com isso, a velocidade da invasão esta diretamente relacionada com a gravidade do caso, influenciando na expressão clínica, representada pelos “3 D’s”, sendo eles: Dor, que piora durante manobras que aumentam a pressão e não aliviam com analgésicos comuns; Déficit motor, caracterizado pela dificuldade de deambular; Déficit esfincteriano, como a constipação e retenção urinária, do qual estão associados ao pior prognóstico é menor sobrevida. Dessa forma, é de extrema importância que o diagnóstico e tratamento da SCM sejam realizados de forma precoce, afim de evitar possíveis complicações (OKUR et al., 2023). Objetivos: Relatar a importância do diagnóstico e tratamento da Síndrome da Compressão Medular na emergência, afim de evitar complicações e danos irreversíveis. Métodos: Este trabalho consiste em uma revisão de literatura realizada através da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), dos quais foram utilizando os descritores “compressão da medula espinal”, “estabilização cirúrgica” e “metástase”. Procurou-se por artigos apresentados na íntegra, publicados com delimitação de tempo entre os anos de 2018 e 2023, sendo ambos de língua inglesa e|ou portuguesa. Com isto, 3 artigos foram selecionados e enquadravam-se nos critérios de seleção descritos anteriormente. Resultados: Em situações de SCM, o tempo é um fator crítico. A compressão prolongada pode levar a danos irreversíveis nos nervos e na medula espinhal, resultando em perda de função motora, sensorial e, em casos extremos, paralisia. Ademais, temos como outras possíveis complicações a disfunção sexual; problemas respiratórios e a atrofia muscular. Além disso, a SCM também pode influenciar na regulação do sistema circulatório, levando a complicações circulatórias e instabilidade na pressão arterial (FARIAS et al., 2022). Sendo assim, com o surgimento dos sintomas característicos, especialmente em pacientes oncológicos, a investigação da SCM deve ser realizada por meio da Ressonância Magnética, devido a sua alta sensibilidade diagnóstica, otimizando o tempo de lesão medular por compressão (OKUR et al.,2023). Nesse contexto, o tratamento da SCM na emergência é feito por meio da cirurgia descompressiva (laminectomia e/ou descompressão anterior), em situações não emergênciais, a radioterapia pode ser utilizada como tratamento complementar ou alternativo (TEIXEIRA et al.,2018). Conclusão: Foi identificado que o diagnóstico e tratamento precoce da SCM são cruciais para a preservação funcional do paciente, tendo em vista que a descompressão do tecido nervoso por citorredução tumoral proporcionou diminuição do déficit neurológico em 45% a 60% dos casos, reversão da paresia em 11% a 20%, controle da dor em 70% dos casos e diminuição da progressão local da neoplasia (TEIXEIRA et al.,2018).