Introdução: a articulação do ombro é formada pela junção da cabeça do úmero e a porção glenóide do osso escapular e caracteriza-se por ser uma das áreas do corpo que mais possui mobilidade. Tal articulação pode sofrer com a instabilidade glenoumeral, a qual é caracterizada por ser uma complicação de um trauma no ombro, resultando em dor e instabilidade, sendo os mais jovens, principalmente atletas, os mais acometidos. Objetivo: investigar os métodos de intervenção, as contraindicações e os fatores de prognóstico, a fim de estabelecer protocolos mais efetivos para urgências musculoesqueléticas e garantir a continuidade de desempenho de atletas e pessoas em atividade laboral. Métodos: revisão integrativa, realizada por meio dos descritores "glenohumeral instability” e “treatment", com o operador AND, na base de dados PUBMED. Discussão:A instabilidade glenoumeral ocorre, em 93% dos casos, na porção ântero-inferior e, se não houver perda óssea significativa, pode ser tratada conservadoramente em uma abordagem não cirúrgica aliada à fisioterapia e órteses. Se houver um maior grau de perda óssea associada à cavidade glenóide ou a cabeça do úmero, pode ser necessária a intervenção cirúrgica com variadas técnicas e indicações específicas. Dessas, avaliou-se a técnica de Bristow ou a do reparo de Bankart, considerado "padrão ouro" no tratamento desses casos, a técnica de remplissage, com alto perfil de segurança, o procedimento modificado de McLaughlin, o qual combina intervenções ósseas e de tecido mole, a cirurgia de Latarjet, bem como a reconstrução anatômica e o bloqueio ósseo livre, que são menos invasivas. Conclusão: ficou evidente a importância de conhecer as diferentes formas de manejo do paciente com instabilidade glenoumeral, pois este difere a depender do grau de preservação da massa óssea analisada de forma criteriosa a fim de garantir o melhor tratamento, com menores riscos para o paciente.
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