INTRODUÇÃO: A proposta deste trabalho é entender como o guia de Gestão Autônoma de Medicamentos pode ser inserido no planejamento em saúde como proposta de educação na atenção psicossocial no Sistema Único de Saúde. Para tal precisamos considerar que a educação em saúde funciona como um grande desenvolvedor e potencializador do empoderamento social, pois, permite que o sujeito adquira conhecimentos sobre a realidade em que está vivendo, principalmente sobre suas reflexões, planejamentos e ações sobre como sua experiência está impactando de forma direta ou indireta, positiva ou negativamente, o seu processo de saúde-doença. METODOLOGIA: A metodologia utilizada para produção deste resumo foi um estudo bibliográfico, de natureza qualitativa. Os artigos foram pesquisados na plataforma SciELO, utilizando os descritores “Educação em saúde”, “Medicalização” e “SUS”. Foram escolhidos materiais dos anos 2020 a 2021 para atingir nosso objetivo, e o próprio Guia GAM para complementar o trabalho. RESULTADOS: O Guia GAM entra como estratégia de educação em saúde mental para possibilitar a efetivação da autopercepção, desenvolvimento e manejo da autonomia do cuidar de si do sujeito. Seguindo uma linha de 6 (seis) passos que tem como objetivo conhecer, entender e refletir sobre o seu tratamento e quais os impactos deste na sua vida. Os dois primeiros passos estimulam o autoconhecimento e a auto-observação, respectivamente. O terceiro passo já adentra no manejo e/ou ampliação da autonomia do sujeito. A literatura aponta que o cuidado é socializador e está em contínua mudança. Portanto as interações sociais em grupo de referência são capazes de gerar autopercepção sobre suas habilidades e potencialidades de maneira mais autônoma. O quarto passo diz respeito à medicalização psiquiátrica; o quinto, propõe uma reflexão sobre tudo o que já foi traçado e estudado até então; e o sexto passo estimula o sujeito a planejar suas ações voltadas para as dificuldades a serem enfrentadas, principalmente aquelas que não foram possíveis de resolução com a ajuda dos passos anteriores. O emprego do ensino em saúde efetiva a oferta de uma assistência de qualidade, que pode contribuir para uma melhoria das ações em saúde mental. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A visão emancipadora que o guia atinge pode desenvolver no sujeito uma posição mais ativa no seu tratamento estimulando a autonomia e a busca pelo conhecimento por parte dos usuários e profissionais envolvidos no processo, de modo dialógico. O que efetiva as diretrizes e os princípios do SUS e faz relação com a construção de uma cultura de mudança continuada.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias