Introdução: Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a patologia que tem uma alta incidência de mortalidade em mulheres nas idades de 40 a 69 anos. A mais recente estimativa mundial, ano 2018, aponta que ocorreram no mundo cerca de 2,1 milhões de novos casos de câncer de mama, já no contexto brasileiro, entre 2020 e 2022 serão cerca de 66 mil casos primários. Geralmente a mastectomia é um dos tipos de tratamentos indicados em casos mais específicos e diante das consequências físicas, a fisioterapia dermatofuncional tem se mostrado importante no restabelecimento da funcionalidade dos sistemas acometidos, bem como na qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Descrever a atuação do fisioterapeuta dermatofuncional em pacientes mastectomizados. Método: Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através da busca de publicações nas seguintes bases de dados online: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Brasil Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no período de março de 2022, selecionando as publicações entre os anos de 2010 e 2021 no idioma português. Foram excluídos artigos repetidos e que não estavam disponíveis na íntegra, sendo, portanto, aplicados 5 na composição desta pesquisa. Resultados: Apontada por três dos cinco artigos, pôde-se notar que, grande parte das pacientes pós mastectomia apresentaram um quadro clínico e cinético funcional semelhantes, apresentando características tais como edema, mama fantasma, déficit de força, alterações posturais, dores, redução da mobilidade e atrofia muscular do ombro após o procedimento cirúrgico. Diversas são as técnicas e recursos que o fisioterapeuta poderá utilizar durante o processo de tratamento, dentre eles podemos citar: cinesioterapia, liberação miofascial, drenagem linfática manual, exercícios respiratórios, massoterapia, fortalecimento muscular, reeducação postural, TENS e alongamentos. Conclusão: A maioria das mulheres mastectomizadas apenas buscam o tratamento fisioterapêutico quando apresentam complicações graves, que causam danos a nível físico e, psicológico, o que irá dificultar obter um tratamento 100% eficaz. É nesse sentindo, que a atuação precoce do fisioterapeuta dermatofuncional deve ser aplicada ainda no ambiente hospitalar, visando recuperar não só os danos físicos causados pela mutilação da cirurgia, mas também, a recuperação da autoimagem que ainda está em processo de readaptação, buscando a reinclusão destas pacientes no âmbito social, para assim fornecer uma melhor qualidade de vida na realização de suas atividades de vida diárias e proporcionar uma maior interação em atividades psicossociais e culturais.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias
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