Introdução O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países. No Brasil, a estimativa no ano triênio 2020-2022, cerca de 66 mil casos primários de câncer de mama ocorrerão. Entre as opções de tratamento a radioterapia é muito utilizada para destruição das células cancerígenas, entretanto, provocando alta toxidade na pele e mucosas levando a radiodermatite. Objetivo: Descrever quais os principais princípios ativos utilizados nos cosméticos para tratamento da radiodermatite. Método: Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre os princípios ativos composto em cosméticos utilizados no tratamento de radiodermatite. Foi realizada através da busca de publicações nas seguintes bases de dados online: Sistema de Análise e Recuperação de Literatura Médica (MEDLINE) via PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), no período de março de 2022, selecionando as publicações relacionadas ao tema publicados entre 2010 e 2021 nos idiomas português e inglês. Foram excluídos os artigos repetidos e que não estavam disponíveis na íntegra, sendo, portanto, aplicados 5 na composição desta pesquisa. Resultados: O tratamento das radiodermites compreende uma abordagem profilática e outra relacionada à recuperação da pele de acordo com a gravidade da lesão, desde o uso de ativos naturais, até uso de corticoides e antibióticos. As opções terapêuticas relativas à profilaxia dessas lesões e futuras complicações são alguns tipos de chás, tópicos e orais e uma série de cuidados
específicos. Os produtos mais citados na literatura compreendem compressas embebidas com chá de camomila ou com água filtrada em temperatura tépida; pomadas e/ou cremes à base de Aloe Vera, Calendula officinalis, Papaya e Andiroba; loção à base de ácidos graxos essenciais (AGE) ou ácidos graxos insaturados (AGI); corticosteroides e esteroides tópicos. Afim de hidratação da pele, cicatrização e ação calmante nas lesões da pele. Conclusão: Este efeito colateral pode ser incômodo e, quando não tratado, pode evoluir, influenciando no dia a dia do paciente. Para que seja possível progredir com o tratamento tendo o mínimo de influência desses efeitos, os cuidados com a pele são essenciais. A radioterapia pode diminuir consideravelmente a proteção natural da pele, causando ressecamento e perda de proteção, o que pode expor o organismo a possíveis infecções externas. Porém, não é recomendado que o paciente oncológico, utilize os produtos padrão que podem conter componentes agressivos já que ficam com a pele extremamente sensível durante o tratamento, esses componentes devem ser evitados. Após o aparecimento de alguma lesão, os cuidados com as radiodermites visam reverter o quadro em que se encontram, fazendo o uso de substâncias naturais a fim de aliviar ardência, dor e prurido, além de hidratação da pele com o uso de Ácido Hialurônico, Alginatos e/ou Dexpantenol, analisando sempre a necessidade do uso dessas substâncias de acordo com a necessidade da pele desse paciente.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias