Introdução: Como resultado das transições epidemiológica e nutricional nas últimas décadas, ocorre o aumento das doenças crônicas, como a obesidade, que não só atinge o púbico adulto, mas também os jovens, incluindo as crianças, onde as mesmas possuem risco maior na vida adulta de ter outros quadros de doenças crônicas, como diabetes tipo II e hipertensão. O combate a obesidade precoce é um método com o objetivo de evitar esses quadros futuros, visto que, atualmente, é um dos principais desafios da saúde pública. Com base nesse crescimento da obesidade foram coletados os dados de crianças no Estado do Ceará que possuem estado de sobrepeso ou obesidade no período de 10 anos. Objetivo: Analisar a evolução da prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças de 01 a 05 anos durante um período de 10 anos. Método: Estudo transversal, realizado a partir de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional- SISVAN. Foram coletados dados referentes a proporção de crianças na faixa etária de 1 a 5 anos, residentes no estado do Ceará, com diagnóstico de sobrepeso/obesidade, a cada biênio no período de 2011 a 2021. Os dados foram organizados em tabelas e analisados por meio de comparação dos valores obtidos no período do estudo de ambos os sexos, representados em porcentagem. Resultados: Na verificação dos dados, observou-se que houve um aumento nos anos de 2011 (10,14%) a 2013 (12,2%) e posteriormente, uma queda progressiva na proporção de crianças com excesso de peso até o ano de 2019 (11,01%). Porém, constatou-se uma elevação no último biênio analisado, 2019-2021, passando de 11,01% par 13,77%. Conclusão: Tais percentuais foram retirados apenas de crianças com idade entre 01 a 05 anos com sobrepeso ou obesidade e somente no estado do Ceará. As prováveis ações de estratégias de prevenção a obesidade infantil podem ter sido fatores primordiais para a queda ocorrida de 2013 a 2019. Vale destacar o período pandêmico que em função das medidas de proteção sanitárias fizeram com que as crianças ficassem mais em casa e praticassem menos esforço físico, afetando diretamente e aumentando o sedentarismo dos mesmos e em seu descontrole alimentar. Diante dos dados coletados, devem ser executados ações que possam diminuir esse índice de obesidade infantil no Ceará. Com a iniciativa do governo juntamente com instituições privadas e o responsáveis, é necessário que adotem medidas nas escolas e unidades básicas de saúde para que trabalhem e incentivem a educação alimentar e a prática de exercícios físicos desde os primeiros anos de vida, oferecendo uma multidisciplinariedade profissional.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias
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