PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE BISCOITOS RECHEADOS, DOCES E GULOSEIMAS ENTRE CRIANÇAS DO CEARÁ, 2015-2021

  • Autor
  • Francisco Alexandre Sousa Moura
  • Co-autores
  • Geórgia de Mendonça Nunes Leonardo
  • Resumo
  •  

    Introdução: Os alimentos ultraprocessados têm presença marcada na alimentação dos brasileiros, especialmente entre crianças e adolescentes. O consumo de biscoitos, doces e derivados, vem aumentando desde a modernização da indústria alimentícia, que trouxe a concepção de alimentos com um grande teor calórico, ricos em açúcares e aditivos. Um estudo realizado pela Uniesp, em 2021, aponta que crianças que veem televisão enquanto comem apresentam 88% mais chances de engordar. Dito isso, percebe-se a importância em se estudar sobre essa temática a fim de minimizar possíveis danos à saúde de crianças devido ao consumo alimentar e alterações no estado nutricional. Objetivo: Analisar os índices e variações do consumo de biscoitos recheados, doces e guloseimas entre crianças do estado do Ceará. Método: Estudo transversal, realizado a partir de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional- SISVAN, especificamente dos relatórios de consumo alimentar, sendo aplicados os seguintes critérios de busca: crianças de 5 a 9 anos, de todas as regiões do Ceará, considerando-se o período de janeiro a dezembro de cada ano, de todos os povos e comunidades, escolaridade e sexo. Os dados coletados foram organizados em formato de tabela e analisados comparando o percentual de consumo de biscoitos recheados, doces e salgados, no período de 2015 a 2021. Resultados: A média de consumo de biscoitos recheados e derivados por crianças de 5 a 9 anos no estado do Ceará passou de 33% em 2015 para 58% em 2021. A região de saúde 8, situada por Quixadá, apresentou o maior percentual de consumo, chegando a 75,44% no ano de 2021, já a região de saúde 6, composta por Itapipoca e afins foi a menor com 44,11% no ano de 2021. A região que apresentou o maior aumento foi a 15ª região, composta por Crateús e afins, em 2015 valorada em 26,21% passando para 61,22% em 2021. Em contrapartida, a 16 região apresentou a maior queda, saindo de 66,67% para 63,44% em 2021. Conclusão: Por fim, nota- se um cenário preocupante e uma crescente no consumo de alimentos ultraprocessados pelo público infantil  algo que pode ser justificado pela praticidade e principalmente pela influência de propagandas. Outro destaque se dá com o surgimento da pandemia de COVID-19, que em função das restrições sanitárias fez com que as crianças ficassem mais tempo em casa, o que pode ter contribuído para o aumento da frequência de consumo desses alimentos no período de 2020 a 2021. O estímulo por parte dos pais também é um fator a se destacar por adotarem na dieta das crianças esses alimentos, como no lanche escolhar, além disso, esses alimentos apresentam comprovadamente grandes quantidades de aditivos com potencial cancerígeno, como o benzoato de sódio, um conservante utilizado em doces. Os conservantes e corantes artificiais são presença marcada, além da alta quantidade de açúcar refinado, o que, se consumidos em quantidades excedentes trazem diversos problemas de saúde causadores das doenças crônicas não transmissíveis- DCNT’s. Assim, o estímulo a redução no consumo destes alimentos é essencial, sendo necessário campanhas educativas nas escolas e centros sociais.

  • Palavras-chave
  • Alimentos industrializados; Ingestão de alimentos; Saúde da criança.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ciência, Tecnologia e Inovação em Pesquisa
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