Introdução: Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, no início de 2020, e a adoção de medidas de contenção da disseminação da doença, como isolamento social, por exemplo, o modo de viver das pessoas modificou bastante, trazendo uma série de consequências. Destaca-se aqui os danos psicológicos (ansiedade), modificação no padrão alimentar, aumento do sedentarismo e, consequentemente, alterações do peso corporal (sobrepeso e obesidade). Segundo a Organização Mundial da Saúde, obesidade é definida como o excesso de gordura corporal em quantidades que trará malefícios à saúde em curto, médio e longo prazo, estando relacionada com o desenvolvimento e agravamento das doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Analisar as alterações nas taxas de prevalência de excesso de peso em adultos nas capitais brasileiras no período pré e pós-pandemia de COVID-19. Método: Trata-se de estudo transversal descritivo a partir de dados do inquérito Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), referente aos anos 2019 e 2021. Foram extraídas informações sobre a prevalência de excesso de peso (IMC?25kg/m²), total e por sexo, na população adulta (?18 anos) residente nas 26 capitais brasileiras e distrito federal, sendo os dados apresentados em porcentagem. Resultados: Comparando as taxas de prevalência de excesso de peso em 2019 e 2021, para ambos os sexos, observa-se que 22 capitais apresentaram incremento na prevalência, com destaque para Porto Velho (56,6% para 64,4%) e Belo Horizonte (52,5% para 58,6%). Por outro lado, as capitais que apresentaram maiores reduções foram Recife (59,5% para 56,7%) e Belém (53,3% para 51,3%). Entre os homens, a capital com maior elevação na prevalência foi Salvador, variando de 47,2% para 60,80%, seguida pelas capitais João Pessoa e Macapá. Já entre mulheres, as capitais em destaque foram Porto Velho (50,60% para 61,00%) e Belo Horizonte (48,60% para 58,70%) com os maiores incrementos. São Luis (57,60% para 51,40%) e Rio de Janeiro (56,30% para 49,40%) foram as capitais com maior redução na prevalência de excesso de peso entre homens e mulheres, respectivamente. Conclusão: O estudo mostrou aumento na prevalência de excesso de peso em quase a totalidade das capitais do Brasil no período analisado, evidenciando a necessidade de ações de controle do ganho excessivo de pelo corporal entre adultos brasileiros, em virtude de todo o risco que esse desfecho acarreta na situação de saúde da população.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias