SOLIDARIEDADE SELETIVA EM CRISES HUMANITÁRIAS

  • Autor
  • Kelly Erisnalda de Moura Sousa Rodrigues
  • Co-autores
  • Maria Claudimila de Sousa Mota , Yan da Cruz Abreu , Mauro Michel El Khouri
  • Resumo
  • Introdução: Apesar das diversas demandas de crises humanitárias ao redor do mundo, existe uma aparente seletividade dos esforços solidários por parte dos estados, instituições internacionais e da mídia ocidental, que dedicam esforços de divulgação e auxílios para grupos seletivos, guiados por vezes por valores xenofóbicos e raciais. Tais fenômenos sociais, podem ser observados nos conflitos que estão ocorrendo na Ucrânia. Objetivo: Tecer uma análise crítica acerca da seletividade da assistência humanitária na comunidade internacional ocidental. Método: Pesquisa qualitativa, de caráter documental, mediante a uma breve revisão bibliográfica em portais de notícias on-line, como UOL notícias, CNN Portugal e Estado de Minas, para aquisição de dados relacionados ao recorte sócio-histórico em questão, buscando compreender estes processos psicossociais através da perspectiva de Rodrigues (2009).Resultados: Ao analisar os artigos jornalísticos, foi possível realizar um rastreamento do que aqui nomeamos “empatia seletiva”, como falas de cunho xenofóbico e racial por parte de jornalistas europeus e uma diferença significativa nos números dos repasses de doações a Ucrânia em detrimento de outros países fora do continente europeu. Segundo RODRIGUES (2009), é a similaridade, ou seja, o vínculo de semelhança entre os indivíduos que motiva um movimento afetivo de pertencimento, que cria um estímulo para ajudar este que lhe parece similar. Outro aspecto é a hipótese do mundo justo, que consiste em atribuir responsabilidade do indivíduo sobre a dificuldade que se encontra, o que pode inibir o movimento de ajuda para outros países que são etnicamente diferentes, uma faceta do fenômeno da desigualdade social, numa sociedade onde ajudar alguém pode ser um investimento para o futuro. Conclusão: Neste trabalho abordamos o assunto sobre a solidariedade seletiva e as crises humanitárias, diante de preconceitos xenófobos e rácicos. Ao correlacionar estes dois conceitos, é possível compreender que seria aceitável concentrar esforços naqueles que se assemelham, e que seria natural responsabilizar o diferente por sua situação de vulnerabilidade.

  • Palavras-chave
  • Seletividade coletiva; Crises Humanitárias; Xenofobia; Psicologia Social
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ética, Cidadania e Direitos Humanos
Voltar Download
  • Ciência, Tecnologia e Inovação em Pesquisa
  • Atenção, Promoção e Educação em Saúde
  • Ética, Cidadania e Direitos Humanos
  • Cultura e Práticas Sociais

Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta  Itapipoca

Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca

Comissão Organizadora:

Prof. Dra. Maria Sinara Farias