RESUMO
Introdução: a acessibilidade aos serviços de saúde dos povos indígenas se modificou muito após a criação do Subsistema de atenção à saúde indígena com base na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. Conforme a constituição brasileira, todo cidadão tem direito a saúde e com os índios não é diferente. Nesse sentido o profissional de enfermagem passa a ter um papel fundamental no contexto interétnico, proporcionando uma atenção à saúde DE QUALIDADE, ofertando benefícios sociais, culturais e econômicos, assim como melhorias clinicas e epidemiológicas à cada etnia. Objetivos: Objetivou-se com este estudo apresentar conforme a literatura a participação dos profissionais de enfermagem na relação com as comunidades indígenas. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão da narrativa, utilizando-se como base de dados LILACS, BDENF, MEDLINE, tendo como descritores: serviços de saúde do indígena, índios sul-americanos. Optou-se pelos artigos em português publicados nos últimos dez anos. Os critérios de exclusão, artigos duplicados, editorias e estudos que não correspondiam com a temática estudada. Foram selecionados dois artigos para desenvolver a revisão. Resultados: Tendo como base a análise dos artigos selecionados é possível observar que o profissional de enfermagem nas tribos indígenas, indígenas de enfermagem, na maioria das vezes são membros da própria comunidade indígena com formação direcionada a área, facilitando assim a preservação dos costumes dos povos. Foi percebido que haveria uma maior aceitação da comunidade se membros da própria comunidade participassem de formações na área para a prestação do serviço. Fora os indígenas de enfermagem foram capacitados também pessoas de comunidades próximas que já tivessem contato direto com as tribos, os profissionais que são de comunidades próximas e que não são das tribos mantém o cuidado em conservar os costumes levando também a tecnologia no atendimento e os conhecimentos sobre medicamentos. Os indígenas de enfermagem de nível médio obtiveram suas formações através de cursos profissionalizantes gratuitos ofertado pela igreja católica em conjunto com a igreja Luterana e o conselho indígena missionário. As capacitações eram direcionadas a assuntos com maior urgência em ser trabalhados e que fossem de fácil acesso aos índios sem ferir sua cultura. Os assuntos eram prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, saúde bucal, vigilância alimentar entre outros. O profissional de enfermagem enfrenta inúmeras dificuldades na atuação em relação a aceitação, os fatores contribuintes para uma maior adesão as práticas de saúde na enfermagem indígena é a formação de membros da própria comunidade, pois, assumiam ainda um papel de facilitador e interlocutor entre a comunidade e a equipe de saúde. Conclusão: Conclui-se dessa forma que é necessário uma maior inserção da comunidade indígena nas escolas de enfermagem e a criação de políticas públicas que garantam a formação de índios na área da saúde preservando assim sua cultura e seus costumes, não se abstendo das necessidades do conhecimento da ciência na busca dos cuidados clinico curativos nos povos indígenas, essa contextualização contribuiria de uma melhor forma para a expansão da atenção à saúde integral para comunidades indígenas
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias