ANÁLISE EPIDEMIOLOGICA DOS TIPOS DE PARTOS OCORRIDOS NO ESTADO DO CEARÁ DE 2010 A 2019

  • Autor
  • Maria Josivânia da Silva
  • Co-autores
  • Raimunda Gesilene Gomes da Silva Santos , Tiago de Sousa Oliveira , Erivânia Teixeira Nunes , Maria Cilenilda Batista dos Santos , Igor Cordeiro Mendes
  • Resumo
  • Introdução: Historicamente o parto tem passado por diversas transformações significativas que acabaram mudando o contexto de fenômeno natural e fisiológico, para algo mais mecanizado por meio da intervenção da cesariana. A pesar dos benefícios quando indicada corretamente, seu crescente aumento tem sido uma preocupação frequente nos diálogos de saúde pública. A OMS tem buscado diminuir os números de partos cesáreos. Objetivo: Analisar a incidência dos partos normais e cesáreos no Estado do Ceará, no período de 2010 a 2019. Método: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo de corte transversal, realizado no mês de dezembro de 2021 por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), obtidas através de dados contidos no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). A população/amostra do estudo consistiram no número de partos normais e cesáreos nos municípios do estado do Ceará no período entre 2010 a 2019, possibilitando a avaliação de uma década. Para o cálculo do perfil de porcentagem de parto normal e cesáreo foi utilizado o software Microsoft Excel 2013. O estudo por ser baseado em dados secundários de acesso público, sem qualquer identificação de gestantes ou pacientes, apenas dados quantitativos, não foi submetido a um Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A partir da coleta de dados nessa pesquisa, evidenciou-se um aumento significativo no número de cesariana em toda região cearense, demonstrando uma tendência ascendente do número de cesarianas realizadas no Ceará ao longo do período desse estudo. Em 2010 a taxa de cesárea era de 48,9%, já em 2019 chegou há 55,8%. O quantitativo de partos ocorridos no estado do Ceará ao longo dos dez anos analisados nessa pesquisa chegou a um total de 1.285,083, no qual 43, 89% (n=564.055) normais, 55,87% (n=718.080) cesáreos e 0,22% (n=2.948) ignorados. Durante a análise foi observado que a Região de Saúde de Fortaleza, quando comparada a outras regiões, obteve a maior taxa de partos cesarianos, correspondendo a 60,4% (n= 413.605). Conclusão: Após análise epidemiológica de dez anos, é notório o número crescente de cesáreas em todo o estado do Ceará, evidenciando a necessidade de estratégias de conscientização na realização de cirurgias, já que segundo a OMS a taxa ideal de cesárea seria entre 10% e 15%, número esse longe de ser alcançado. Neste sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de políticas públicas voltadas a conscientização não apenas dos profissionais como também das mães durante a assistência no pré-natal, buscando priorizar a naturalização do parto bem como o bem estar da mulher e do RN.

  • Palavras-chave
  • Parto, Parto normal, Cesárea
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  • Atenção, Promoção e Educação em Saúde
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