INTRODUÇÃO: O conceito principal generalista para transtornos alimentares é o desenvolvimento de comportamentos patológicos por preocupação excessiva e persistente com a forma física ou alimentar. Neste sentido, o desenvolvimento de ortorexia possui características de transtornos alimentares. A grande questão desse distúrbio em profissionais da moda seria problemas que convergem a imagem corporal padrão e a percepção de comida saudável. OBJETIVOS: Revisar a literatura científica quanto aos aspectos relacionados à distorção de imagem e comportamento ortoréxico em profissionais da moda. METODOLOGIA: Foi realizada uma busca em sites de buscas de artigos científicos como: BVS, Scielo e Publimed, utilizando os seguintes descritores: dieta, psicologia e medo, a fim de obter estudos que abordassem os princípios e percepções de imagem corporal em modelos, a obsessão por alimentos in natura ou minimamente processados e a relação do corpo “padrão” em síntese com o comportamento de controle alimentar. RESULTADOS: Em relação à distorção de imagem, foi visto entre modelos a tese de que maior silhueta corresponderia a maior índice de massa corporal e pouca procura para trabalhos em publicidade. Dessa forma, é notória a pressão estética imposta pela indústria, demostrando que o corpo fora do peso considerado ideal correto não é um corpo saudável e muito menos um corpo apto para modelagem. Foi mostrado também um comportamento repreensivo em relação aos alimentos industrializados, que são tachados como proibidos, além de práticas constantes de dietas restritivas com o reforço do perfeccionismo quanto à alimentação e de pensamentos gordofóbicos, além de compulsão alimentar e práticas compensatórias, com risco para desenvolvimento de carências nutricionais. CONCLUSÃO: A pressão estética imposta pelas indústrias de modelagem, pouca educação sobre assuntos nutricionais e o desenvolvimento de pensamentos gordofóbicos podem associar-se à obsessão pela alimentação saudável e preocupação excessiva com a imagem corporal. Mais estudos e discussões sobre o assunto são necessárias para que o nutricionista consiga intervir nos fatores de riscos e possa estabelecer metas de mudanças alimentares graduais, a fim de evitar o perfeccionismo que se reflete em fobia de excesso de peso e em comportamento alimentar transtornado.
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Prof. Dra. Maria Sinara Farias