Introdução: Saúde mental é um estado de bem-estar, no qual a pessoa consegue realizar suas atividades diárias de forma eficaz, sendo capaz de desenvolver as suas atividades cidadãs junto a sociedade. É sabido que, a pandemia do SARS-CoV-2 trouxe danos ao mundo, não apenas na esfera econômica ou no que tange as perdas de vidas, mas também comprometeu a saúde mental que veio a ser fragilizada com as medidas de isolamento social adotadas para contenção do novo vírus. Objetivos: Apontar evidências científicas acerca dos cuidados de enfermagem frente as consequências do isolamento social devido a COVID-19 no âmbito da saúde mental. Método: Trata-se de um estudo bibliográfico do tipo descritivo valendo-se de literatura pertinente, no qual utilizou-se os seguintes descritores: cuidados de enfermagem; isolamento social; saúde mental e covid-19. As bases de dados utilizadas foram: Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde. Critério de inclusão: trabalhos publicados nos últimos cinco anos; artigos em inglês e português. Critérios de exclusão: trabalhos repetidos. Para esta revisão, os resultados foram apresentados a partir de informações predominantes extraídas dos trabalhos incluídos nesta pesquisa. Resultados: A literatura evidenciou que, de fato, o isolamento social recomendado para conter a disseminação da COVID-19 trouxe consequências como: confusão, medo, raiva, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, sedentarismo, consumo aumentado de álcool e fumo e outros problemas. Tendo isso em vista, o enfermeiro pode atuar, tendo como base três eixos principais: (1) compreensão do estado de saúde mental em diferentes populações influenciadas pelo surto de COVID-19; (2) identificação de pessoas com alto risco de suicídio e agressão (3) ajuda no fornecimento de intervenções psicológicas adequadas para quem precisa. O trabalho da enfermagem é focado na relação interpessoal, baseando seus cuidados na solidariedade, empatia, autonomia e respeito ao indivíduo. Além disso, soma-se o papel do enfermeiro no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): acolhimento, triagem, anamnese, atendimentos para aconselhar paciente e família, participação de reunião com a equipe, coordenação de grupos e oficinas, registros em prontuário, evolução de enfermagem e aplicação da sistematização da assistência de enfermagem. Conclusão: Verificou-se que a função primordial do profissional enfermeiro é o de facilitador da inclusão, tendo como atribuição: identificar as necessidades da vida, bio-psico-socio-espiritual valendo-se da comunicação interpessoal. Além disso, deve-se considerar expressões para avaliação do paciente e a empatia; incitando à autonomia do paciente; responsabilizando-o por sua saúde. Sendo assim, o enfermeiro pode auxiliar e prestar cuidados aos indivíduos com problemas relacionados a saúde mental em tempos (ou não) de isolamento, caso venha a ocorrer novamente.
Realização: Coordenação de Pesquisa da Faculdade Uninta Itapipoca
Apoio: Direção da Faculdade Uninta Itapipoca
Comissão Organizadora:
Prof. Dra. Maria Sinara Farias