A Análise do Comportamento (AC) se propõe a ser uma Ciência do Comportamento, sendo estes públicos ou privados. Baseia-se na filosofia do Behaviorismo Radical postulada por B. F. Skinner, que considerava o comportamento sensível às suas consequências, ou seja, o comportamento teria sua probabilidade aumentada ou diminuída a depender das consequências produzidas no ambiente. Desse modo, o interesse do analista do comportamento seria analisar a função que o comportamento adquire na história de vida de cada indivíduo. Dentro desses preceitos é que se pode pensar a interpretação que esta abordagem faz dos fenômenos psicológicos, incluindo nesse rol o termo ansiedade. Objetivo: Discutir o conceito de ansiedade à luz da Análise do Comportamento. Método: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, em que buscou conhecer o estado da arte da temática por meio da pesquisa em livros e artigos. Resultados: Os resultados apontaram que o conceito de ansiedade dentro da ciência Análise do Comportamento assume pelo menos duas direções, uma se refere as relações operantes não verbais que definem o fenômeno, já na outra, a ênfase recai em relações verbais e em possíveis relações indiretas entre estímulos. Encontram-se exemplos da primeira dimensão, as contingências que incluem um estímulo pré-aversivo, um estímulo aversivo (para alguns, incontrolável) e uma resposta “emocional” eliciada pelo pré-aversivo. Portanto, diz respeito a história de condicionamento ou experiências a que esse indivíduo é exposto. Como ilustração da segunda dimensão, destaca-se aspectos referentes à linguagem como fonte de controle de respostas de ansiedade. Em outras palavras, expressões ou verbalizações negativas ou ofensivas que se emparelham com respostas fisiológicas de ansiedade e aumentam a probabilidade de ocorrência desta acontecer em ambientes semelhantes. Podendo futuramente, estas mesmas repostas emocionais adquirirem funções aversivas. Conclusão: Conclui-se que sob a ótica da Análise do Comportamento o comportamento ansioso é visto com base nas relações contingenciais estabelecidas e construídas ao longo da história de vida de cada indivíduo. A ideia de que este fenômeno varia ao longo de um continuum de complexidade e que essa complexidade variável se define pela participação de relações interconectadas, é útil para o entendimento destes comportamentos, indo na contramão da culpabilização do sujeito.
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Prof. Dra. Maria Sinara Farias