OBESIDADE E CONSUMO DE ALIMENTOS IN NATURA E ULTRAPROCESSADOS NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA- sem descritores

  • Autor
  • Ana Flávia de Sousa Moura
  • Co-autores
  • Fabrícia Lopes da Mota , Geórgia de Mendonça Nunes Leonardo
  • Resumo
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    Introdução: O novo Guia Alimentar para a População Brasileira trouxe uma proposta de classificação dos alimentos segundo seu nível de processamento, que vai desde os alimentos consumidos da forma como são encontrados na natureza (alimentos in natura), até as formulações industriais, geralmente feitas de partes de alimentos (alimentos ultraprocessados). O consumo de alimentos in natura deve ser a base da alimentação, sendo fundamental para a prevenção da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis. Essas doenças representam um problema de saúde pública mundial e são potencializadas pelo consumo exagerado de ultraprocessados, ricos em gorduras trans e saturadas, com alto teor de sal e açúcar. Objetivo: Avaliar alterações na prevalência de consumo de alimentos in natura e ultraprocessados pela população brasileira antes e após a pandemia de COVID-19. Método: Trata-se de estudo transversal descritivo a partir de dados do inquérito Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), referente aos anos 2019 e 2021. Foram extraídas informações sobre consumo de alimentos não ou minimamente processados e ultraprocessados no dia anterior à entrevista, bem como de prevalência de obesidade (IMC?30kg/m²), total e por sexo, na população adulta (?18 anos) brasileira. Resultados: Comparando os resultados dos anos incluídos no estudo, observou-se um pequeno aumento (1,1%) no consumo de alimentos não ou minimamente processados, em ambos os sexos, passando de 29,8% em 2019 para 30,9%, em 2021, enquanto que a proporção de adultos que consumiram alimentos ultraprocessados manteve-se sem alteração. Em relação à proporção de indivíduos adultos com obesidade, observa-se um incremento de 2,1% quando comparados os resultados de 2019 e 2021, passando de 20,3% para 22,4%, em ambos os sexos. Destaca-se que um maior aumento foi observado entre homens (saindo de 19,5% em 2019 para 22% em 2021) em relação às mulheres (saindo 21,0% em 2019 para 22,6% em 2021). Conclusão: Com a pandemia de COVID-19, em decorrência das medidas de isolamento social, estimava-se um aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, entretanto não foi constatada essa observação no presente estudo. Verificou-se um aumento na proporção de indivíduos obesos no período analisado, o que pode ter ocorrido devido a redução da prática de atividade física, aumento de práticas sedentárias e mudanças na ingestão alimentar, preferindo alimentos com alta densidade calórica. Ademais, a pandemia gerou aumento na insegurança e na ansiedade da população o que também pode ser um gatilho para preferência em alimentos ricos em gorduras e açúcares. Tais mudanças nos hábitos de vida dos indivíduos, em longo prazo, podem gerar graves alterações metabólicas Dessa forma, há a necessidade de realização mais estudos a fim de aprofundar a análise das variáveis envolvidas no aumento da obesidade no período pandêmico.

     

  • Palavras-chave
  • Pandemia; Ingestão de Alimentos; Obesidade
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ciência, Tecnologia e Inovação em Pesquisa
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