CANDIDÍASE VULVOVAGINAL EM PACIENTES ATENDIDAS NO POSTO DE SAÚDE DA FAMÍLIA ORBÍLIO MACHADO, BOM JESUS DO ITABAPOANA

  • Autor
  • Milena de Souza Furtado Ávila
  • Co-autores
  • Marcos Loureiro Meireles Ávila , Fernanda Castro Manhães , Paulo Roberto Blanco Moreira Norberg , Antonio Neres Norberg
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO

     

    O termo candidíase é utilizado para se referir à infecção cutânea, mucosa ou sistêmica causada por leveduras do gênero Candida. Doenças atribuídas a esse fungo são descritas desde a antiguidade e a espécie mais patogênica é Candida albicans. As espécies patogênicas do gênero Candida constituem parte da microbiota do trato intestinal e colonizam saprofiticamente em outros locais do organismo. Essas espécies podem estar associadas a vulvuvaginites em certas etapas do ciclo menstrual, ou quando a paciente é submetida ao uso continuado de agentes antibacterianos. Nesses casos, é frequente uma secreção característica com semelhança a “leite coagulado” acompanhada de intenso prurido, disúria, enrijecimento da mucosa vaginal e do epitélio vulvar. Estima-se que 75% das mulheres sexualmente ativas apresentem candidíase vaginal pelo menos uma vez na vida e que 5% a 10% dessas mulheres desenvolvam recidivas com três ou mais episódios por ano (DENNING et al., 2018).

    O objetivo da pesquisa foi investigar a incidência de candidíase vulvovaginal em mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia do Posto de Saúde da Família Orbílio Machado, na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, estado do Rio de Janeiro, Brasil, com o propósito de tratar e acompanhar a eficácia da intervenção medicamentosa através da constatação da cura ou recidiva da infecção.

     

     

    MÉTODO

     

    Considerando que o sistema de saúde de Bom Jesus do Itabapoana não dispõe de tecnologias adequadas para o diagnóstico laboratorial e por conhecermos as características epidemiológicas da candidíase na região, optamos por avaliar e diagnosticar a doença nas pacientes pela observação das características clínicas. Os sinais e sintomas clínicos mais proeminentes da vulvovaginite por espécies do gênero Candida estão relacionados ao prurido vulvar, sensação de queimação, leucorreia inodora e disúria discreta no início da micção.

     

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

             

              Entre as 168 pacientes atendidas no ano de 2019 no ambulatório de ginecologia do Posto de Saúde da Família Orbílio Machado, na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, estado do Rio de Janeiro, 11 (6,55%) foram diagnosticadas com vulvovaginite causada por espécies do gênero Candida.

              A distribuição por faixa etária demonstra que o grupo mais afetado foi o de mulheres com idades entre 20 e 40 anos, que corresponde a 54,5% do total de casos diagnosticados de vulvovaginites causadas por espécies do gênero Candida. O tratamento foi realizado com o uso do Itraconazol e o sucesso do tratamento foi verificado através do acompanhamento do declínio dos sintomas. Todas as pacientes tratadas evoluíram para a cura, sem que houvesse casos de recidiva.

     

    Gráfico 1: Diagnósticos de vulvovaginites por espécies do gênero Candida entre pacientes atendidas no Posto de Saúde da Família Orbílio Machado no ano de 2019, de acordo com a faixa etária.

     

              Denning et al. (2018) realizaram uma ampla revisão de bibliografia sobre candidíase vulvovaginal, correspondendo a 489 artigos científicos que envolveram 17365 pacientes de 11 países, a fim de estimar a prevalência global dessa condição clínica. Os autores estimam que cerca de 138 milhões de mulheres apresentem candidíase vulvovaginal a cada ano, com uma prevalência global anual de 3871 casos para cada 100 mil mulheres. O número estimado de mulheres com vulvovaginite recorrente por Candida em algum período da sua vida pode alcançar 382 milhões de mulheres. A faixa etária com maior prevalência é compreendida entre 25 e 34 anos, com taxa de prevalência estimada em 9%. A projeção estatística para o ano de 2030 aponta para um crescimento do número de mulheres que apresentarão vulvovaginite por espécies do gênero Candida, estimado em 158 milhões de casos anuais. Estes pesquisadores estimam que atualmente no Brasil a prevalência seja de 4223 casos para cada 100 mil mulheres.

              Um estudo envolvendo 12 hospitais na China e 602 casos de vulvovaginite foi realizado por Kan et al. (2020). Estes pesquisadores encontraram positividade para Candida spp. em 26% dos pacientes. As taxas encontradas por Kan et al. (2020) são consideravelmente superiores às verificadas em nossa pesquisa em Bom Jesus do Itabapoana.

              Tsega & Mekonnen (2019) determinaram a prevalência e a susceptibilidade aos agentes antifúngicos para as espécies do gênero Candida entre gestantes que foram atendidas no Hospital de Referência Debre Markos na região noroeste da Etiópia. Foram coletadas amostras vaginais de 384 gestantes. O material foi inoculado em meios de cultura HiV eg e incubados a 37oC por 24 horas. As colônias foram identificadas pelas características biológicas no meio HiV Chrome Agar e o teste da formação do tubo germinativo. Do total de 384 participantes, 96 (25%) foram positivas para espécies do gênero Candida. Os resultados dos testes de sensibilidade aos antifúngicos realizados com todas as amostras revelaram sensibilidade à Anfotericina-B, exceto Candida krusei. O perfil de resistência das amostras isoladas apresentou alta-resistência ao Itraconazol e Ketoconazole. Os resultados apresentados por Tsega & Mekonnen (2019) diferem substancialmente daqueles encontrados em nossa pesquisa em Bom Jesus do Itabapoana, em que a frequência de vulvovaginites causadas por Candida spp. foi muito inferior à registrada na Etiópia e o perfil de sensibilidade a antifúngicos demonstrou sensibilidade ao Itraconazol em 100% dos casos.

              A prevalência de candidíase vulvovaginal entre grávidas do município de Ho, Gana, foi estudada por Waikhom et al. (2020). Os autores encontraram uma prevalência de vulvovaginite associada a espécies do gênero Candida de 30,7%. Os pesquisadores Konadu et al. (2019) estudaram a prevalência de candidíase vulvovaginal em gestantes atendidas no Hospital Municipal de Kintampo, na região central de Gana. O resultado da pesquisa revelou positividade de vulvovaginites por espécies do gênero Candida em 36,5% dos casos. As taxas encontradas por Waikhom et al. (2020) e Konadu et al. (2019) demonstram um alto grau de infecção vulvovaginal por Candida spp. entre as mulheres de Gana, consideravelmente superior ao encontrado em nossa pesquisa entre mulheres atendidas no PSF Orbílio Machado em Bom Jesus do Itabapoana.

              Valencia-Arredondo & Yepes-López (2018) estudaram a prevalência de candidíase em 6447 mulheres com problemas ginecológicos que foram atendidas em dois hospitais dos municípios de Apartadó e Rio Negro, província de Antioquia, Colômbia. Os resultados revelaram positividade para Candida spp. com taxa de 10,7% entre as participantes. A prevalência entre mulheres atendidas na província de Antioquia, Colômbia, aproxima-se das taxas encontradas entre as pacientes atendidas no PSF Orbílio Machado.

              Muniz et al. (2019) examinaram 64 mulheres entre os meses de fevereiro a novembro de 2016 em uma unidade básica de saúde no município de Cajazeiras, estado da Paraíba, Brasil. Essas autoras encontraram uma taxa de positividade para candidíase vulvovaginal de 29,68%.

              Os pesquisadores Rosa e Ronel (2004) em um estudo transversal com amostra de conveniência que envolveu 135 mulheres trabalhadoras de uma indústria no estado de Santa Catarina detectaram por exame ginecológico a presença ou ausência de sinais clínicos de vulvovaginites. Semearam secreção vaginal das pacientes em meio Sabouraud-dextrose-ágar para a pesquisa de Candida spp. e encontraram uma incidência de 19,3%.

              Os pesquisadores Glehn et al. (2016) realizaram uma investigação para determinar a prevalência de Candida albicans entre mulheres brasileiras em idade reprodutiva e que estavam registradas na Clínica do Centro de Saúde do Distrito Federal, Brasil. Foram coletados suabes vaginais de 201 mulheres não-gestantes. Os resultados apontaram a ocorrência de Candida albicans em 20% das mulheres. Os resultados de Muniz et al. (2019), Rosa e Ronel (2004) e Glehn et al. (2016) apontam para taxas de infecção vulvovaginal por Candida spp. superiores às encontradas em Bom Jesus do Itabapoana.

              Mosca & Bonfim-Mendonça (2016) realizaram um levantamento sobre vulvovaginites em mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde de Mandaguari, estado do Paraná, Brasil. Esses autores realizaram uma avaliação retrospectiva de 4934 prontuários do período de 2007 a 2011. Os resultados mostraram que 285 mulheres tiveram o diagnóstico de candidíase vulvovaginal, correspondendo a uma prevalência de 5,78%. A faixa etária mais prevalente foi a compreendida entre 20 e 35 anos. Os resultados e a faixa etária com predominância da candidíase vulvovaginal da pesquisa realizada por Mosca & Bonfim-Mendonça (2016) aproximam-se daqueles encontrados em nossa pesquisa em Bom Jesus do Itabapoana.

              Santos (2018) identificou as espécies do gênero Candida provenientes de infecção da mucosa vulvovaginal de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da cidade de Goiânia, estado de Goiás, Brasil. Essa autora usou os métodos fenotípicos baseados em aspectos morfológicos e bioquímicos e os testes moleculares foram realizados por PCR. Dentre as 55 amostras de secreção vulvovaginal examinadas, em 36 isolados foi identificada Candida spp. A autora também realizou testes de sensibilidade aos antifúngicos e encontrou alta resistência ao fluconazol (38,8%) e elevada susceptibilidade à anfotericina-B (94,4%). Esse estudo permite sugerir que a realização de teste de susceptibilidade in vitro antes da prescrição do antifúngico traria maior êxito terapêutico. Corroboramos com as afirmações de Santos (2018) quanto ao tratamento adequado indicado pelo antifungigrama.

             

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

                A candidíase vulvovaginal foi diagnosticada em pacientes do PSF Orbílio Machado na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, estado do Rio de Janeiro em 6,55% das mulheres examinadas. Todas as pacientes que apresentaram vulvovaginite por Candida spp. evoluíram para a cura após o tratamento com Itraconazol, sem a ocorrência de recidivas no acompanhamento ginecológico realizado nos meses seguintes.  A prevalência dessa condição clínica em Bom Jesus do Itabapoana pode ser considerada baixa em comparação a outros grupos populacionais estudados no mundo. Entretanto, recomenda-se a realização de exames ginecológicos periódicos de exudato vaginal para o diagnóstico precoce a fim de que pacientes com vulvovaginites por espécies do gênero Candida sejam submetidas ao tratamento específico, com o propósito de evitar complicações e a recidiva da doença.

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    DENNING, D.; KNEALE, M.; SOBEL, J. D.; RAUTEMAA-RICHARDSON, R. Global burden of recurrent vulvovaginal candidiasis: a systematic review. Lancet Infectious Diseases. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/s1473-3099(18)30103-8. Acessado em 18 de setembro de 2020.

     

    GLEHN, M. P.; SÁ-FERREIRA, L. C. E.; SILVA, H. D. F.; MACHADO, E. R. Prevalence of Trichomonas vaginalis and Candida albicans among Brazilian women of reproductive age. Journal of Clinical Diagnosis Research, v. 10, n. 11, p. 24-27, 2016.

     

    KAN, S.; PANG, Q.; SONG, N.; MEI, H.; ZHENG, H.; LI, D. Study on Vulvovaginal Candidiasis: Clinical Epidemiology and in vitro Susceptibility of Pathogenic Yeasts in China. SSRN Electronic Journal. Disponível em: DOI:10.2139/ssrn.3521422. Acessado em 18 de setembro de 2020.

     

    KONADU, D. G.; OWUSU-OFORI, A.; YIDANA, Z.; BROADU, F.; IDDRISU, L. F. Prevalence of vulvovaginal candidiasis, bacterial vaginosis and trichomoniasis in pregnant women attending antenatal clinic in the middle belt of Ghana. BMC Pregnancy Childbirth, v. 19, p. 341, 2019.

     

    MOSCA, V. A. B.; BOMFIM-MENDONÇA, P. S. Tricomoníase e outras vulvovaginites em mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde de Mandaguari. Revista UNINGÁ, v. 28, n. 2, p. 47-51, 2016.

     

    MUNIZ, S. R. D.; SILVA, H. S.; SILVA, A. O.; AMORIM, F. D. Prevalência de candidíase vulvovaginal recorrente em mulheres com idade entre 18 e 30 anos em uma Unidade Básica de Saúde do município de Cajazeiras – PB. Journal of Biology, Pharmacy and Agricultural Management, v. 15, n. 1, p. 9-17, 2019.

     

    ROSA, M. I.; RUNEL, D. Fatores associados a candidíase vulvovaginal: estudo exploratório. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 1, p. 65-70, 2004.

     

    SANTOS, A. S. Caracterização de espécies de Candida provenientes de infecção da mucosa vulvovaginal de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas em Goiânia, estado de Goiás, Brasil. Goiânia: UFG, 2018.

     

    TSEGA, A.; MEKONNEN, F. Prevalence, risk factors and antifungal susceptibility pattern of Candida species among pregnant women at Debre Markos referral hospital, Northwest Ethiopia. BMC Pregnant and Childbirth, v. 19, p. 527, 2019.

     

    VALENCIA-ARREDONDO, M.; YEPES-LÓPEZ, W. Prevalencia y factores asociados con vaginosis bacterianas, candidiasis y tricomoniasis en dos hospitales de los municípios de Apartadó y Río Negro – Antioquia. Iatreia, v. 31, n. 2, p. 133-144, 2018.

     

    WAIKHOM, S. D.; AFEKE, I.; KWAWU, G. S.; MBROH, H. K.; OSEI, G. Y.; LOUIS, B. Prevalence of vulvovaginal candidiasis among pregnant women in the Ho municipality, Ghana: species identification and antifungal susceptibility of Candida isolates. BMC Pregnant and Childbirth, v. 20, p. 286, 2020.

Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

Coordenadora da Extensão Universitária da Faculdade Metropolitana São Carlos

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