O IMPACTO DA PANDEMIA NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
GUALANDE, Beatriz de Jesus Soares
Discente do Curso de Graduação de Bacharelado em Direito pela Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC-Campus Bom Jesus);
bbeatrizsoares@hotmail.com
MELLO, Márcio Caldas dias
Pós-Graduado pela Faculdade Candido Mendes. MBA em Segurança Pública pela FGV.
professormcaldas@gmail.com;
FERREIRA. Oswaldo Moreira
Mestre em Cognição e Linguagem na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF;
oswaldomf@gmail.com.
CAPUA, Valdeci Ataíde
Mestre em Relações Privadas e Constituição pela Faculdade de Direito de Goytacazes.
valdeci_adv@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Mundialmente conhecido, o Sistema Único de Saúde, popularmente conhecido como SUS – Lei 8080/90-, foi criado com o objetivo de democratizar e oferecer a população um serviço de saúde digno e com qualidade, dentro da saúde pública brasileira, sistema esse ofertado, que nada mais é que um direito de todo cidadão.
Entretanto ao longo dos anos o sistema único de saúde entrou em absoluta decadência, passando assim a gerar graves irregularidades e como consequência logo veia a “falência” e como resultado os diversos problemas da qual os profissionais da área tendem a enfrentar.
Diante de todas as dificuldades, o cenário da saúde pública sofreu um turbilhão de alterações com a chegada da então pandemia do novo COVID-19, vivenciada globalmente no ano de 2020, acarretando e impactando de forma significativa na saúde pública, que já vivia um momento de muita insegurança e instabilidade.
MATERIAL E MÉTODOS
A partir do tema escolhido, a pesquisa foi elaborada nos moldes de natureza básica, com caráter explorativo, tendo como material e metodologia para a construção e formação da revisão bibliográfica, o uso de fontes secundarias como livros, sites e artigos acadêmicos que dissertavam sobre o tema.
DESENVOLVIMENTO
O Coronavírus no Brasil já atingiu de acordo com o Portal de Notícias G1 (2020), no mês de setembro, cerca de 4.694.648 casos identificados, mas a tendência é aumentar, pois existem diversos casos de indivíduos suspeitos de ter a doença, o país chegou a marcar de 140.783 mortes.
A realidade vivenciada, com a transmissão do novo coronavírus no Brasil, transmite um cenário na qual os baixos investimentos no serro da saúde e o número insuficiente de equipamentos tornam a situação cada vez mais precária. Centro de Estudos (Ceen), (s.d,s.p) diz que “a precariedade dos equipamentos dificultam ainda mais o trabalho dos profissionais, colocando a saúde da população em risco e, ainda, aumentando os desafios cotidianos das equipes estratégicas”.
Valor em saúde (2020) diz que A pandemia ocorrida em 2020 desencadeou um período de incertezas e enormes desafios nos sistemas de saúde, econômicos e sociais. Os impactos do coronavírus afetam praticamente o mundo todo, com efeitos gravíssimos em todos os países, inclusive o Brasil. Werneck e Carvalho l, sustenta que:
A epidemia de COVID-19 encontra a população brasileira em situação de extrema vulnerabilidade, com altas taxas de desemprego e cortes profundos nas políticas sociais. Ao longo dos últimos anos, especialmente após a aprovação da Emenda Constitucional nº 95, que impõe radical teto de gastos públicos e com as políticas econômicas implantadas pelo atual governo, há um crescente e intenso estrangulamento dos investimentos em saúde e pesquisa no Brasil. É justamente nesses momentos de crise que a sociedade percebe a importância para um país de um sistema de ciência e tecnologia forte e de um sistema único de saúde que garanta o direito universal à saúde.(WERNECK;CARVALHO.2020,s.p)
O ramo da saúde brasileira é intensiva em mão-de-obra, as secretarias municipais e estaduais convivem e se adaptam com a diminuição da renda de transferências para a área da saúde, Cebes (2020) diz que “por força da Emenda Constitucional 95/2016, que congelou “gastos” nas áreas sociais, ocasionando dificuldade de contratações de médicos e de pessoal de enfermagem, bem como dificuldade de custear novos equipamentos e insumos diversos”.
Segundo Almeida (2020, s.p) “A chegada da pandemia de COVID-19 ao país e a forma como vem evoluindo criam novos desafios a pesquisadores e profissionais envolvidos com o tema da saúde dos trabalhadores da saúde”. Barbosa ainda diz que:
A pandemia da COVID-19 tem permitido várias reflexões, até então, pouco percebidas pelas sociedades em geral, e tampouco pela brasileira. O franco surto virótico instaurado pelo mundo sem tratamento, sem vacinação, ou seja, sem proteção, deixou todos nós em situação de grande exposição, vulnerabilidade e risco. Seu grau de disseminação assustador e sua forma de apresentação muitas vezes assintomática, coloca a todos numa mesma luta, a da necessidade de sobrevivência e preservação. (BARBOSA, 2020, s.p)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Considerando a atual situação que a saúde pública se encontra no e que a saúde é nosso bem maior, a saúde pública sempre foi motivo de atenção da classe política partidária, pelo menos anteriormente e durante as campanhas eleitorais. Como crises expõem fragilidades, à população sente na pele durante a pandemia do novo COVID-19 as dificuldades do enfrentamento (SENRA, 2020, s.p).
Estadão (2020, s.p) diz que “Com o surgimento da pandemia de covid-19, as medidas de saúde pública e sociais precisaram ser ajustadas em todo o mundo, conforme orientações da OMS. ‘Todas as pessoas têm papéis-chave na prevenção de um ressurgimento nos números de casos’, alertou a diretora-executiva da organização”.
Diante da atual situação, o que se vislumbra nos dias atuais com a Pandemia é principalmente a clareza dos pontos fracos na qual passa a saúde pública no Brasil, o Brasil sempre passou por crises na saúde pública e isso acontece faz décadas, possivelmente esses diversos colapsos nos sistemas de saúde pública brasileiro, tem como base a ausência de uma política efetiva no campo da saúde, em específico, ausência de uma política séria na prevenção e cuidados essenciais por parte das autoridades estaduais, municipais e federais no que se refere à saúde pública brasileira. (SARAIVA, 2020, s.p)
Médicos, enfermeiros, técnicos e muitos outros funcionários que se envolvem com a área da saúde, como diz Gomes (2020, s.p) “profissionais seguem dia a dia nesta verdadeira batalha contra o vírus. Apesar dos esforços de seus servidores, o Ministério da Saúde sofre com um alto déficit, evidenciado ainda mais nesta época de pandemia”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se, portanto, que a epidemia causada pelo novo coronavírus no Brasil expôs uma situação já vivenciada a tempos no complexo do sistema de saúde público brasileiro. Mesmo diante do então programa público conhecido mundialmente o SUS, o Brasil, ainda sofre com extrema baixa e falta de tecnologia avançada, falta de infraestrutura, e ainda com profissionais desqualificados e sem a menor motivação e que agora na atual situação, encontram-se sobrecarregados fisicamente e emocionalmente devido à pandemia do COVID 19.
A pandemia de COVID-19 encontrou na população brasileira uma situação de extrema vulnerabilidade e com altas taxas de pobreza, na qual o desemprego e os cortes nas políticas sociais e rendas popularmente distribuídas com a intenção de ajudar os menos favorecidos, contribuem para a disseminação do vírus. Ao longo dos últimos anos, o Brasil sofre com enormes cortes no investimento da saúde pública e justamente no momento de uma epidemia, o país sofre ainda mais com a falta de um sistema de pesquisa e tecnologia avançado que juntos poderiam garantir um melhor atendimento à população no sistema de saúde público.
Neste momento de grandes incertezas e insegurança, as decisões imediatas devem o priorizar o sistema público de saúde e intensificar o ato de poupar vidas, garantindo uma assistência médica de qualidade. Na atuação situação da qual encontra-se o Brasil o reto do mundo, a população deve levantar a voz e aproveita-se para exigir um sistema de saúde público digno e apropriado, do contrário irão compartilhar de uma das maiores tragédias sanitárias e da maior chacina por parte da saúde em palco mundial.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ildeberto Muniz de. Proteção da saúde dos trabalhadores da saúde em tempos de COVID-19 e respostas à pandemia.2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0303-76572020000101500&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Acesso: 27 set. 2020
BARBOSA, Simone de Pinho. O NOVO CORONAVÍRUS NA PERSPECTIVA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. 2020. Disponível em: https://www2.ufjf.br/noticias/wp-content/uploads/sites/2/2020/04/o-novo-coronavirus-na-perspectiva-da-aps-simone-pinho-final1.pdf Acesso: 26 set.2020
CEEN, centro de estudos. Os 6 maiores desafios que a saúde pública do Brasil vêm enfrentando. Disponível em: https://www.ceen.com.br/os-6-maiores-desafios-que-a-saude-publica-do-brasil-vem-enfrentando/ Acesso: 25 set. 2020
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