SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
FULGONI, Gabriela Pereira
Acadêmica de Enfermagem, 8º Período
carlaegabriela@hotmail.com
PRUCOLI, Monique Bessa de Oliveira
Mestranda em Cognição e Linguagem- UENF
Especialista em Saúde da Família- UERJ
NASCIMENTO, Roberta da Silva
Especialista em Saúde da Família (UERJ-UNASUS)
Especialista em Saúde do Idoso (UERJ-UNASUS)
Mestre em cognição e Linguagem (UENF)
INTRODUÇÃO
Síndrome de Burnout é a consequência do stress no trabalho. É caracterizada pela resposta emocional crônica ou interpessoal, como fontes de estresse no trabalho, atingindo um grande número de profissionais da área da saúde.
Neste sentido, o estresse no trabalho é caracterizado como uma resposta adaptava do corpo em novas situações, especialmente aquelas que o corpo enfrenta como ameaçadora.
No entanto, este processo é individual, com variações na tensão e manifestações psicológicas, podendo gerar uma grande variedade de sintomas físicos, psicológicos e cognitivos, exigindo uma resposta adaptativa prolongada, de como superar, adaptar, tolerar ou se adaptar a esses estressores, que podem comprometer esses indivíduos, onde irá desencadear a síndrome de Burnout.
A síndrome de Burnout, apresenta um quadro multidimensional, que consiste na exaustão emocional, insatisfação pessoal ou despersonalização de si mesmo. Está síndrome é mais evidente em profissionais da enfermagem, que exercem uma carga de trabalho exaustiva, plantões longos, riscos ocupacionais, falta de profissional qualificado e conflitos interpessoais.
A exposição gradual a estes fatores, considerados estressores, levam a exaustão de fatores físicos e emocionais, interferindo na qualidade de vida e prejudicando sua interação e função no ambiente de trabalho.
Os enfermeiros intensivistas, por estarem a todo momento, expostos a situações de morte e luto de pacientes, que estão em estado grave ou paliativo, apresentam maior chance de desenvolver a Síndrome de Burnout (FERNADES; NITSCHE; GODOY, 2015).
A complexidade imposta, no cuidado desses pacientes na UTI, pode superar o limite do profissional, deixando esse profissional exposto ao estresse prolongado em algumas condições, em que o sofrimento, pode está relacionado a sua história de vida (DA SILVA et al, 2015).
Objetivo desta pesquisa é mostrar que a atividade exercida por profissionais de enfermagem na unidade de terapia intensiva é muito desgastante para parte psicológica desse profissional, podendo deixá-lo vulnerável a desenvolver a Síndrome de Burnout.
MATERIAL E MÉTODOS
Este resumo expandido foi desenvolvido através de pesquisas e revisões bibliográficas, através de materiais já publicados, artigos e revistas, disponíveis na internet, que relatem sobre o assunto proposto.
DESENVOLVIMENTO
A síndrome de Burnout ou Síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio emocional ou físico, resultado de horas extras de trabalho, trabalho desgastante entre a equipe de enfermagem, alta demanda e responsabilidade.
A principal causa da síndrome é o esgotamento emocional e excesso de trabalho, essa síndrome e muito comum em profissionais que atuam diariamente sobre grande pressão, como os profissionais que atuam na UTI.
A unidade de terapia intensiva (UTI), é um ambiente hospitalar, voltado a atender pacientes que correm risco de vida. A UTI, exige do profissional um monitoramento multiprofissional, especializado em utilizar de equipamentos de alta tecnologia. (FRANCO et al, 2011).
É um ambiente considerado extremamente traumatizante para os profissionais de enfermagem, por ter uma rotina intensa de trabalho e exposição a raio X e contagio de pacientes que estão em isolamento. (DA SILVA; MARZIALE, 2003).
A enfermagem é uma das profissões que mostra uma alta possibilidade dos profissionais desenvolverem a síndrome de Burnout, tendo em vista a grande complexidade na sistematização do trabalho, sobrecarga de horas seguidas de trabalho, salários sem atualização pelo mercado de trabalho, onde o profissional acaba trabalhando mais, por uma quantia extra, para complementar sua renda familiar. (VIEIRA et al, 2013).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A literatura mostra que a UTI, atende pacientes graves e paliativos, é um dos ambientes mais estressores e traumatizantes da área hospitalar. Esses fatores atingem profissionais multiprofissionais, mas principalmente a equipe de enfermagem, tendo uma grande possibilidade desse profissional esteja exposto a variados fatores de estresse.
Dentre os fatores que mais colaboram com o aparecimento da síndrome nos profissionais da enfermagem, está associado a estrutura física e o ambiente da UTI, um ambiente fechado, com barulhos de aparelhos constantemente, equipamentos de alta tecnologia, além de grande movimentação de pessoas e pacientes que estão em sofrimento (DECEZARO et al, 2014).
Quando sinais sugestivos da síndrome são identificados, nesses profissionais de enfermagem, deve se realizar um acompanhamento, para que esse profissional esteja apto a realizar suas atividades, sem ter seu psicológico afetado (Lopes, 2008).
As estratégias de prevenção e tratamento da Síndrome de Burnout pode ser exposta em três categorias como estratégia individual, onde e recomendado o treinamento de assertividade, estratégia grupal com apoio social e a estratégia organizacionais com programas de prevenção para esses profissionais. (Lopes, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos através da presente pesquisa, mostra que os profissionais da enfermagem apresentam sinais propícios a apresentar a Síndrome de Burnout, os profissionais da enfermagem que atuam na UTI, apresentam um alto nível de estresse e esgotamento emocional, onde leva esse profissional a ter problemas de saúde, consequentemente isso irá prejudicar a si mesmo e quem está próximo do mesmo.
Este estudo diz respeito a profissionais de enfermagem que trabalham na UTI, mostrando medidas que possam ajudar a detectar precocemente a síndrome, onde poderemos realizar uma medida de prevenção para esses profissionais e identificando aspectos favoráveis e não favoráveis neste ambiente de trabalho.
Objetivo desta pesquisa e mostrar que a atividade exercida por profissionais de enfermagem na unidade de terapia intensiva é muito desgastante para parte psicológica desse profissional, podendo leva-los a desenvolver a Síndrome de Burnout.
REFERÊNCIAS
DA SILVA, Doris Marli Petry Paulo; MARZIALE, Maria Helena Palucci. Problemas de saúde responsáveis pelo absenteísmo de trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário. Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 25, n. 2, p. 191-197, 2003.
DA SILVA, Jorge Luiz Lima et al. Psychosocial factors and prevalence of burnout syndrome among nursing workers in intensive care units. Revista Brasileira de terapia intensiva, v. 27, n. 2, p. 125, 2015.
DECEZARO, ADINEIA et al. O estresse dos enfermeiros que atuam na unidade de terapia intensiva: uma revisão de literatura. Revista Uningá Review, v. 19, n. 2, 2014.
FERNANDES, L. S.; NITSHER, M. J. T.; GODOY, I. Fatores preditores da síndrome de burnout em enfermagem na Unidade de terapia intensiva. Rev enferm ufpe on line. Recife, v.9, n.5, p.8374-8, 2015.
FRANCO, Gianfábio Pimentel et al. Burnout em residentes de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 1, p. 12-18, 2011.
GUERRER, Francine Jomara Lopes; BIANCHI, Estela Regina Ferraz. Caracterização do estresse nos enfermeiros de unidades de terapia intensiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 42, n. 2, p. 355-362, 2008.
VIEIRA, Tainara Genro et al. Adoecimento e uso de medicamentos psicoativos entre trabalhadores de enfermagem de unidades de terapia intensiva. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 3, n. 2, p. 205-214, 2013.
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