VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL NA PANDEMIA DO COVID – 19

  • Autor
  • Clarice Senhorinha da Silva Magalhães
  • Co-autores
  • Monique Bessa de Oliveira Prucoli , Roberta da Silva Nascimento
  • Resumo
  •  

     

    VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL NA PANDEMIA DO COVID – 19

     

     

    PRUCOLI, Monique Bessa de Oliveira

     Mestranda em Cognição e Linguagem- UENF

    Especialista em Saúde da Família- UERJ

    moniquebessauff@yahoo.com.br

     

    NASCIMENTO, Roberta da Silva

    Especialista em Saúde da Família (UERJ-UNASUS)

    Especialista em Saúde do Idoso (UERJ-UNASUS)

    Mestre em cognição e Linguagem (UENF)

    robertasnascimento14@gmail.com

                                                                                   

                                                                                  MAGALHÃES, Clarice Senhorinha da Silva

                                                                          Graduando em Enfermagem (FAMESC-BJI)

    claricessmagalhaes@hotmail.com

     

     

    INTRODUÇÃO

     

    Durante a pandemia pelo COVID - 19 houve um aumento do número da violência doméstica devido ao restritamento das pessoas sairem, por conta de se contaminar com o virús, pois as mulheres ficam mais tempo em seus lares com marido e filhos oprimidos com muitos afazeres (CAMPOS, TCHALEKIA, PAIVA; 2020).

    A vítima que sofre de violência doméstica muitas vezes convive com o próprio agressor dentro de seu lar, tornando a casa um lugar indesejado para ficar (VASCONCELOS; 2020). Denúncias registradas por violências domésticas, pelos disque 190, comprovam que houve um aumento de março/abril de 2020 no Rio de Janeiro 3,5%, Acre 22,3%, São Paulo 44,9% com relação a 2019 com registro de violência domestica 25,5% e registro de estupro 28,2% (VASCONCELOS; 2020).

    Geralmente essas violências são praticadas pelo marido, ex-marido ou alguém que tenha vinculo com o agressor (VIEIRA, GARCIA, MACIEL; 2020). De acordo com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340), todas as mulheres são amparadas contra violências independentes de cor raça, religião, classe social, grupo entre outros e gozar de saúde tanto mental quanto do seu corpo (BRASIL; 2010).

    O objetivo deste trabalho é mostrar as formas e tipos de violências doméstica  que podem ocorrer durante o isolamento social da pandemia do COVID - 19, pois a Lei Maria da Penha descreve que a violência doméstica contra as mulheres fere a mulher psicologicamente e denigre os direitos humanos da mulher (BRASIL; 2010).

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

    Pesquisa bibliográfica realizada por meio eletrônico no Google, Google Acadêmico, Google Chromium Yahoo, Scielo com busca realizada com o termo “covid19 violência domestica”, “Lei Maria da Penha”, “pandemia corona vírus violências domestica”, seleção de artigos ano 2010 e 2020, idioma português, a escolha foi pelo título de acordo com o tema do trabalho.

     

     

    DESENVOLVIMENTO

               

    O COVID -19 é uma doença causada pelo vírus sarscove2, transmitido pelas gotículas de salivas ao falar e espirros de pessoas contaminadas, gerando uma pandemia considerada pela organização mundial de saúde em 11 de março de 2020 (MARTINS et al; 2020).

    A pandemia é considerada quando a doença se espalha por quadros epidemiológicos por vários países; para diminuir a contaminação o Brasil adotou o isolamento domiciliar e distanciamento social com o lema “fique em casa” (VASCONCELOS, 2020). Com este isolamento as mulheres passaram a conviver mais tempo dentro de casa com seus familiares e assim sofrendo violências domesticas (MARTINS, 2020).

    A violência doméstica é considerada qualquer tipo de abuso dentro do lar doméstico e intrafamiliar, as agressões podem ser físicas, psicológicas, moral, sexual, patrimonial (CAMPOS, TCHALEKIAN, PAIVA, 2020).

    A violência física acontece quando o agressor fere a integridade física e corporal da mulher e causando prejuízo a saúde (BRASIL, 2020). A psicológica o agressor causa sérios danos emocionais na vítima como baixa auto-estima destruindo ou controlando suas ações, comportamento, crenças e decisões com ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação e isolando a vitima com vigília com perseguição costumeira, sempre a insultando e fazendo chantagens causando grandes prejuízos na saúde mental (BRASIL, 2020).

    A violência sexual é qualquer abuso que possa levar a mulher ao constrangimento obrigando-a a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, com intimidação, ameaça, coagindo ou utilizando força braçal; a indução a comercialização ou a utilizar, da sua sexualidade, o impedimento de usar método contraceptivo, forçar a se casar, engravidar, abortar, prostituir sob coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou restrinja os seus direitos de práticas sexuais e reprodutivas (BRASIL, 2020).

    Já a violência patrimonial se dá por qualquer conduta que retenha, subtraia ou destrua parte ou total de objetos, de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos de necessidades da mulher (BRASIL, 2020). A violência moral é qualquer conduta que desrespeita a mulher com calúnia, difamação ou injúria provocando ofensas morais (BRASIL, 2020).

    A violência doméstica afeta mulheres, crianças e idosos, confinados pelo isolamento social dentro de suas residências com dificuldade econômico, pessoal e social, que deixam marcas como morte, lesão, incapacidade, trauma emocional e psicológico e ingerindo álcool e drogas pela dor, depressão, medo que leve a perder laços de entes queridos, nestes casos deve-se ligar 190 e pedir suporte. (CAMPOS, TCHALEKIAN, PAIVA; 2020).

     

     

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

     

              Devido da dificuldade das mulheres denunciarem as agressões por conta do isolamento social ouve a diminuição de registros de violência nas delegacias policial, no entanto ouve um acréscimo de chamadas no 190 para ocorrências de violência domestica no Rio de Janeiro 3,5%, Acre 22,3%, São Paulo 44,9% e consequentemente as mulheres tiveram  as medidas protetivas diminuídas por conta da pandemia. Em são Paulo diminuiu 3,7% no Acre menos 31,2%, no Rio de Janeiro menos 28,7% e no Pará menos 8,2%, com este efeito ouve um maior acréscimos de chamadas 190 (VASCONCELOS; 2020).                                                                                               

     

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

    A violência domestica contra a mulher aumentou por conta da pandemia do COVID – 19. As mulheres nesse presente momento, para se protegerem do vírus, precisam se isolar junto com seus agressores, sendo obrigadas a permanecer em suas casas, sem ter para onde ir e sem proteção, onde o único meio de refúgio neste isolamento é a opção de ligar para o 190 e pedir ajuda para se proteger.

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    BRASIL, 2010.  LEI MARIA DA PENHA Lei nº 11.340. Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://sisnov.campinas.sp.gov.br/biblioteca/mulher/lei_maria_penha.pdf >. Acesso em: 24 de set. de 2020.

     

    BRASIL. Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de violência domestica e familiar do tribunal de justiça do rio grande do sul. Tipos de Violência Doméstica e Familiar. BRASÍLIA/DF 2020. Disponível em:< https://www.tjrs.jus.br/novo/violencia-domestica/index.html>.  Acesso em: 23 set. 2020.

     

    CAMPOS, Brisa; TCHALEKIAN, Bruna; PAIVA, Vera. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: VULNERABILIDADE PROGRAMÁTICA EM TEMPOS DE SARS-COV-2/ COVID-19 EM SÃO PAULO. Psicol. Soc.,  Belo Horizonte ,  v. 32,  e020015,    2020 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822020000100414&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Sept.  2020.  Epub Sep 04, 2020. < http://dx.doi.org/10.1590/1807-0310/2020v32240336.>.

     

     

    MARTINS, A.; FONSECA, J.; DE MOURA, R.; GUSMÃO, M. S.; NEVES, P.; RIBEIRO, L.; DA SILVA, P.; MARQUES, A. C. Violência contra a mulher em tempos de pandemia da COVID-19 no Brasil. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 93, p. e020009, 18 ago. 2020. Disponível em: <http://www.revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/828 >. Acesso em: 20 set.2020

     

    VASCONCELOS, Veronica Accioly. Coronavírus e violência de gênero contra a mulher no espaço doméstico: pandemias cruzadas . Cadernos de Informação Jurídica (Cajur)[S. l.], v. 7, n. 1, p. p.62-84, 2020. Disponível em: 2020.  <https://www.cajur.com.br/index.php/cajur/article/view/266/335.>. Acesso em: 19 set.

     

     

    VIEIRA, Pâmela Rocha; GARCIA, Leila Posenato; MACIEL, Ethel Leonor Noia. Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela?. Rev. bras. epidemiol.,  Rio de Janeiro ,  v. 23,  e200033,    2020 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100201&lng=en&nrm=iso>. access on  18  Sept.  2020.  Epub Apr 22, 2020.  https://doi.org/10.1590/1980-549720200033.

     

  • Palavras-chave
  • VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, PANDEMIA, COVID – 19
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • Ciências da Saúde
Voltar Download

Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

Coordenadora da Extensão Universitária da Faculdade Metropolitana São Carlos

COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA 

Direção Geral
Dr. Carlos Oliveira Abreu

Direção Acadêmica
Dra. Fernanda Castro Manhães

Direção Administrativa
Sr. Carlos Luciano Bieli Henriques

Assessoria Acadêmica
Me. Edyala de Oliveira Brandão Veiga

Coordenação de Extensão Universitária
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes

Coordenação de Monitoria, Pesquisa e TCC
Dr. Tauã Lima Verdan Rangel

Coordenação do Curso de Administração
Me. Sérgio Elias Istoé

Coordenação do Curso de Direito
Ma. Geovana Santana da Silva

Coordenação do Curso de Enfermagem
Me. Roberta Silva Nascimento

Coordenação do Curso Medicina
Dr. Antônio Neres Norberg
Dra. Bianca M. Mangiavacchi (Ciclo Básico)
Dra. Lígia C. Matos Faial (Ciclo Clínico)

Coordenação do Curso de Gestão em Recurso Humanos
Me. Fernando Xavier de Almeida

Coordenação do Curso de Gestão Hospitalar
Me. Sérgio Elias Istoé

Secretaria Acadêmica
Espa. Danila Ferreira Cardoso

Setor Financeiro
Sra. Bruna de Souza Vieira

Núcleo de Apoio Psicopedagógico
Ma. Vânia Márcia Silva do Carmo Brito

Setor de Recursos Humanos
Espa. Edimara Bizerra da Silva

 

ORGANIZAÇÃO E EDITORAÇÃO
Dra Bianca Magnelli Mangiavacchi
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes
Srta. Amanda Passalini de Almeida

FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS

Avenida Governador Roberto Silveira, nº 910

Bom Jesus do Itabapoana-RJ CEP: 28.360-000

Site: www.famescbji.edu.br

Telefone: (22) 3831-5001

 

 

O conteúdo de cada trabalho é de responsabilidade exclusiva dos autores.

A reprodução dos textos é autorizada mediante citação da fonte.