LIDERANÇA DE ENFERMAGEM, IMPORTÂNCIA E DIFICULDADES DENTRO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

LIDERANÇA DE ENFERMAGEM, IMPORTÂNCIA E DIFICULDADES DENTRO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

• Autor
• Moacyr Tardin de Figueiredo Netto
• Co-autores
• Monique Bessa de Oliveira Prucoli , Roberta da Silva Nascimento
• Resumo

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  LIDERANÇA DE ENFERMAGEM, IMPORTÂNCIA E DIFICULDADES DENTRO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

   

  PRUCOLI, Monique Bessa de Oliveira

   Mestranda em Cognição e Linguagem- UENF

  Especialista em Saúde da Família- UERJ

  moniquebessauff@yahoo.com.br

   

  NASCIMENTO, Roberta da Silva

  Especialista em Saúde da Família (UERJ-UNASUS)

  Especialista em Saúde do Idoso (UERJ-UNASUS)

  Mestre em cognição e Linguagem (UENF)

  robertasnascimento14@gmail.com

   

  NETTO, Moacyr Tardin de Figueiredo

  Graduando em Enfermagem - FAMESC

  moacyrtardin13@hotmail.com

   

  INTRODUÇÃO

   

  No decorrer das décadas, as ideias tanto de liderança quanto de líder vêm sofrendo variações, assim como os demais processos históricos, buscando suprir as necessidades peculiares de cada época (ROZENDO, et al, 1998). A liderança tratasse de uma atitude universal, porém, é considerado de difícil conceituação mesmo nos dias atuais, onde encontra pensadores, autores e demais estudiosos que as descrevem de formas distintas (RIBEIRO, et al, 2006).

  Segundo Dias (2003, p. 113), “é o fator humano que ajuda um grupo a identificar para onde ele está indo e assim motivar-se aos objetivos”. Já para Simões e Fávero (2004) entendem como um fenômeno grupal a influência de um indivíduo sobre os demais ou mesmo um processo coletivo e compartilhado entre os membros de um grupo (RIBEIRO, et al, 2006).

  A enfermagem é uma área da ciência que tem interação com outras diversas áreas. A interação do profissional de enfermagem deve estar ligada a busca constante do conhecimento, no que diz respeito a sociedade, a natureza, e de fatos e fenômenos aos quais exijam que esse profissional saiba desenvolver um bom diálogo e convívio com as demais áreas de atuação de uma equipe multidisciplinar. Isso se faz necessário, devido a enfermagem ser a maior equipe de saúde dentro de uma unidade hospitalar, na qual além de buscar realizar a prática do cuidado, deve realizar o papel de gestor e líder (RIBEIRO, et al, 2006).

  É necessário preparo para o exercício da arte de liderar, determinação e criatividade. A liderança deve ser estimulada diariamente através da prática, afim de ser construída, e consequentemente, aprimorada. Para que ocorra através do enfermeiro sua atitude de liderança, o mesmo deve compreender sua relevância e seu significado como profissional, devendo estar atualizado e ciente de seus atributos essenciais (CAMELOII; HENRIQUES, 2013).

  Dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS), o enfermeiro deve exercer o papel de gerente e líder durante todo o seu tempo, buscando controlar os atendimentos e realizando estratégias para o bom e eficaz funcionamento da unidade. Para que a excelência do funcionamento geral ocorra, o enfermeiro deve manter o seu papel de líder dando dinâmica dentro da equipe, e de suas diversas áreas do atendimento, buscando promover a arte do cuidar sobre a população em primeiro plano. (SOUZA, et al, 2009).

  Durante o trabalho em equipe, deve ser considerado o todo de cada membro, respeitando as individualidades, e reconhecendo o potencial, as competências e a capacidade de cada indivíduo pertencente a este grupo de profissionais, oferecendo sempre a oportunidade de participação durante o processo de trabalho, participações essas que vem em forma de opiniões referentes a busca de soluções para os problemas encontrados no cotidiano da equipe, desenvolvendo assim a comunicação verbal e não verbal. Porém, o líder deve escolher a melhor opção para ordenar e executar (RIBEIRO, et al, 2006).

  Os líderes não conseguem sozinhos obterem sucesso, pois necessitam de variados profissionais para que possam administrar e estabelecer a organização dentro do trabalho, ou seja, sem o suporte humano necessário, é impossível proporcionar uma assistência qualificada e eficaz (SIMÕES; ASSIS; FÁVERO, 2003).

  A dificuldade encontrada pelos profissionais de enfermagem ao liderar uma equipe de saúde, vem da ausência do mesmo em conseguir impor o seu papel de líder, demonstrando ineficiência nas tomadas de decisões, na falta de soluções nos problemas internos da equipe, e na falta de habilidade na comunicação com as equipes multidisciplinares. Dessa forma, o controle da equipe acaba sendo perdido, onde a mesma não terá confiança e o devido respeito ao seu líder, fazendo com que dessa maneira o atendimento, a convivência, e o funcionamento de uma unidade de saúde seja totalmente danificada e ineficaz.

  Esse trabalho se faz necessário para orientar os futuros profissionais de enfermagem sobre a importância da liderança dentro do seu meio de trabalho, sendo que a mesma é indispensável para o bom funcionamento tanto de uma equipe de saúde e/ou multidisciplinar, quanto, e consequentemente, para a excelência no atendimento e funcionamento de uma unidade de saúde.

   

   

   

  MATERIAL E MÉTODOS

   

  Trata-se de uma pesquisa bibliográfica informativa, analítica, qualitativa de cunho exploratório, realizada através de análises de artigos disponibilizados em bases de dados científicos publicados.  

  A seleção dos artigos, onde se basearam as pesquisas, tiveram como base de dados utilizados Biblioteca Virtual em Saúde, Revistas eletrônicas voltadas à Saúde, SCIELO. Tendo como critérios nas escolhas do conteúdo: informações sobre liderança hospitalar, tipos de lideranças, e diversos textos onde abordavam o tema, no idioma português. Descartando publicações que não abordavam o tema proposto.

  Foram utilizados como descritores: Liderança na Enfermagem; Tipos de Lideranças; Gestão Hospitalar; Tipos de Liderança Hospitalar; Deveres e obrigações do Enfermeiro dentro das Unidades de Saúde. Tendo dentro de buscas online, o resultado de 11 artigos de conteúdo complementares ao tema, onde foram utilizados 8 desses.

   

   

  DESENVOLVIMENTO

             

  O enfermeiro carrega por natureza de sua profissão a liderança. Esse rótulo de líder deve-se as inúmeras funções que são exercidas dentro do seu cotidiano de trabalho, onde o mesmo deve além de praticar a arte do cuidar, realizar o gerenciamento de unidades e equipes de saúde, tornando a profissão de certa forma exaustiva (LANZONI, et al, 2015).

  As equipes que formam uma UBS contam com profissionais de diversas áreas: enfermeiro, técnico de enfermagem, odontologista, auxiliar de saúde bucal, médico, nutricionista, e os agentes comunitários de saúde, ou seja, uma equipe multidisciplinar. Com isso, o enfermeiro deve se posicionar em diversos momentos para conseguir dar dinâmica e deixar o ambiente sustentável para a boa prática do cuidar, visando atender a população de maneira eficaz (FERNANDES, 2010).

  Na antiguidade, já existiam pensadores que tratavam a liderança e o líder com teorias bem adversas, como por exemplo Platão e Maquiavel. O primeiro tinha o pensamento que colocava o líder como um ser onisciente, ou seja, um ser capacitado em criar um Estado ideal. Já o segundo tratava o líder como um grande homem onipotente, que continha crença que dava origem à sua idealização do príncipe (ROZENDO, et al, 1998).

  Ao ser responsável direto por administrar unidades e equipes de saúdes que são as maiores dentro da área, o enfermeiro deve estar sempre em busca do conhecimento e se inovando, para que possa arcar com sua função de líder, realizando os problemas encontrados tanto para o bom funcionamento das funções diárias das unidades de saúde, tanto no controle de conflitos e do emocional da equipe visando apenas um único objetivo de ter um ambiente de trabalho harmônico e funcional (DE LIMA, et al; 2016).

   

   

  RESULTADOS E DISCUSSÃO

   

  Buscando obter teorias para compreender o significado mais próximo do que é liderança, é perceptível que estridulosos, pensadores e filósofos tinham explicações distintas e adversas, porém, ao desenvolver das pesquisas foi mostrado que a liderança não se mostra apenas de uma forma, mas sim de tipos diferentes (RIBEIRO, et all, p. 109-115, 2006). Assim como também se faz fundamental o entendimento do quanto é importante para um enfermeiro dentro do seu local de trabalho encontrar maneiras variáveis de como controlar o ambiente de diversos problemas e conflitos através de sua forma de líder (CAMELOII; HENRIQUES, 2013).

  O entendimento de como e de quem compõe as equipes multidisciplinares de saúde se faz necessário para qualquer enfermeiro ou estudante da área, pois quando exercer sua função profissional, é com essa equipe que o mesmo irá trabalhar e procurar controlar diversas ações, tomadas de decisões e orientações a serem passadas (FERNANDES, 2010).

  Dessa forma, o enfermeiro líder deve ter consciência de que sozinho não conseguirá passar e obter resultados satisfatórios no que diz respeito ao cuidado à população, pois depende totalmente da sua equipe de saúde bem preparada e centrada para que obtenha êxito na arte do cuidar (SIMÔES; ASSIS; FÁVERO, 2003).

  O presente artigo busca trazer orientações aos profissionais da área e aos futuros enfermeiro, mostrando a necessidade de aflorar a liderança, de buscar o conhecimento a todo o momento, pois é uma área de inovações a todo momento, e utilizar a forma mais eficaz de liderar, sempre com intuito máximo de executar ações de cuidados ao paciente/cliente buscando sua recuperação por completo (SOUZA, et al, 2009).  

   

  CONSIDERAÇÕES FINAIS

   

  A presente pesquisa conclui que a liderança é uma atitude de extrema importância dentro do dia a dia do enfermeiro, no qual o mesmo deve exercê-la de maneira dinâmica, buscando sempre retirar o melhor resultado de cada membro de sua equipe de saúde. Devesse ressaltar que o enfermeiro deve buscar sempre o conhecimento, a dinâmica e o bom desenvolvimento verbal e não verbal com sua equipe, além de se mostrar preparado para escuta-los e solucionar os possíveis conflitos e problemas que ocorrem diariamente dentro das Unidades de Saúde. Caso o líder não exerça o seu dever, é certo que o mesmo perca o controle dos seus liderados, e consequentemente acometerá tanto os atendimentos quanto a sua própria autoridade profissional. 

   

   

  REFERÊNCIAS

   

  CAMELO II, Silvia Helena Henriques. A competência da Liderança em Enfermagem: Conceitos,Atributos Essenciais e o Papel do Enfermeiro Líder. 2013.

   

  DE MELO LANZONI, Gabriela Marcellino et al. AÇÕES/INTERAÇÕES MOTIVADORAS PARA LIDERANÇA DO ENFERMEIRO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICAÀ SAÚDE1. Texto & Contexto Enfermagem, v. 24, n. 4, p. 1121-1129, 2015.

   

  DE LIMA, Caio Venícius; BEZERRA, José Moacir; LEITÃO, Cristhiane Patricia Lima Santiago; DA SILVA, Maria Eduarda Santos. O enfermeiro como gerente da atenção básica, o modo de lidar com as dificuldades e limitações da saúde pública. In: VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. 16 maio.2016. Disponível em: <https://www.even3.com.br/anais/viimostradevry/28900-o-enfermeiro-como-gerente-da-atencao-basica--o-modo-de-lidar-com-as-dificuldades-e-limitacoes-do-sistema-de-saude-/> Acesso em: 05 set.2020.

   

  FERNANDES, M. C. et al. Análise da atuação do enfermeiro na gerência de unidades básicas de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v. 63, n. 1, p. 11 – 15. 2010.

  RIBEIRO, Mirtes; SANTOS, Sheila Lopes dos; MEIRA, Taziane Graciet Balieira Martins. Refletindo sobre liderança em Enfermagem. Escola Anna Nery, v. 10, n. 1, p. 109-115, 2006.

   

  ROZENDO, Célia Alves; GOMES, Elizabeth Laus Ribas. Liderança na enfermagem brasileira: aproximando-se de sua desmitificação. Revista latino-americana de enfermagem, v. 6, n. 5, p. 67-76, 1998.

   

  SIMÕES, Ana Lúcia de Assis; FÁVERO, Neide. O desafio da liderança para o enfermeiro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 11, n. 5, p. 567-573, 2003.

   

  SOUSA, Leilane Barbosa de; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. Reflexão sobre o cuidado como essência da liderança em enfermagem. Escola Anna Nery, v. 13, n. 1, p. 181-187, 2009.

   

   

   

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